Em
Correio de Azeméis

1 Aug 2023

Pensar o futuro

CDS

Constantino Tavares*

Vou procurar dar eco à real situação do país e da nossa comunidade oliveirense. Ouvimos muitas vezes que o país tem contas certas. Quase pleno emprego, um recorde do número de trabalhadores a fazerem descontos, excesso de cativações pelo ministério das Finanças, IRS, JRC a baterem recordes. Atingimos o valor mais alto de sempre da carga fiscal, acima dos 36%. Por este lado, as políticas e as contas bateram certo. Com garantias de este governo devolveria direitos, melhores salários, uma melhor distribuição dos rendimentos. Melhores condições de vida para todos. Incluindo os serviços públicos, tudo seria melhor. 
Este é o lado certo... Agora vem o outro lado. A asfixiante carga fiscal sobre todos, mas afetando mais quem ganha acima de cinco mil euros anuais. Presumo que devem considerar classe média. Os salários deveriam, ser mais altos. Sentimos e ouvimos, infelizmente, os salários nivelarem-se por baixo. Quem ganhava acima do salário mínimo, hoje ganha o salário mínimo. Mesmo os salários médios não cresceram o suficiente. Todos perderam poder de compra. A desigualdade aumentou entre os que ganhavam menos e os que ganhavam mais, isto será sempre o pior que nos pode acontecer. Infelizmente os serviços públicos não acompanharam a natural melhoria que todos ambiocionamos. 
Ouvimos que existe uma comissão técnica independente para avaliar a futura localização do aeroporto, esperamos todos que tenham em conta a real situação do país, fala-se que uma das soluções poderá custar mais de 7 milhões de euros, hoje, amanhã serão muitos mais...É preciso ter em atenção a real situação do país. Por isso, penso que os nossos políticos localmente são os primeiros a perceberem as novas realidades devem dar eco, levar aos fóruns onde estão, parlamento gabinetes ministeriais, governo, órgãos de comunicação. 
Uma nota: o governo apoia tantas instiuições e hoje a família é uma instituição em crise.  O crédito habitação está a por a nu a fragilidade financeira das mesmas. Pede-se apoio mais certo para ajudar pelo menos enquanto os juros estiverem tão alto. Às vezes temos que ser pragmáticos, as reformas são necessárias em política. Hoje, temos que ser realistas e ajudar quem mais precisa na hora certa.
 * Presidente da comissão política Concelhia do CDS-PP

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