22 May 2025
> Constantino Tavares
No rescaldo das eleições de ontem, os eleitores decidiram dar uma clara noção de confiança à Aliança Democrática (PSD/CDS), 32,10% dos votos, mais mandatos.
Em suma, quase 10% a mais que o Partido Socialista (PS), segundo classificado nestas eleições… Quando nas últimas eleições a diferença foi de 2 décimas a mais para a AD. Os resultados no nosso concelho deram uma vitória ainda mais expressiva à AD, com 38,47% contra 24,21%. Nas últimas, em comparação à AD, com 33,17%, o Partido Socialista teve 31,26%. A AD cresceu mais 5% em relação as últimas legislativas.
Vem isto provar que a Aliança Democrática tem dinâmica de vitória. Os eleitores decidiram pela estabilidade de mandatos para uma legislatura de quatro anos. Reforço, estabilidade e confiança na AD pôs-nos aqui. Agora é seguir em frente, trabalhar e trabalhar. Os eleitores decidiram dar uma forte derrota ao PS, mas principalmente ao seu líder, Pedro Nuno Santos, pelos motivos que enunciei atrás. Na estabilidade, faltou responsabilidade, tanto antes da campanha, como depois da própria.
O principal papel de um líder será gerar dinâmicas internas de união, mas principalmente para fora: a captação de novos eleitores, abstencionistas, ou mesmo capacidade de captar eleitores de outros partidos. A liderança de Pedro Nuno Santos não foi capaz de inspirar confiança, mesmo dentro do próprio partido, muito menos para fora dele. Os 22% do partido de André Ventura devem-nos fazer pensar a todos nós, o que queremos da política e dos políticos, que profetizam que vão todos para a Arca de Noé ou de ‘André’, ou todos os outros não se salvarão. Vivemos tempos de crispação, do ódio na vida pública, ou na política, temos a responsabilidade de dizer será sempre o mais fácil. A outra parte é pôr em execução, fazer e mostrar os resultados dos partidos. O tema imigração é uma das principais bandeiras de André Ventura. Está assente em nocivas farsas, pressupostos errados, dados descontextualizados, tudo para induzir em erro o eleitor. Já falei uma vez nisto, palavra de ordem: “Vamos acabar com a corrupção”. Por decreto lei… ou uma varinha de condão. Ainda ontem vimos o André Ventura no discurso de vitória, em que disse, vamos acabar com a “mama”. Ou banimos da vida política a força tal ou o partido tal. Agora imaginem quem disse isto: foi o auto intitulado futuro primeiro-ministro de Portugal.
Constantino Tavares, Presidente da concelhia do CDS-PP