Perfumes difusos

Poemas

Há momentos em que o desejo se faz vingativo
E os nossos corpos entram em erupção,
E infligem-se sofrimento por puro prazer,
Até a dor nos estender a mão.
Às vezes, por nossa própria decisão,
Envolvemo-nos em perfumes difusos
E confundimos tudo;
E as nossas vozes
Prestam tributo à tristeza,
E achamo-nos a ter razão 
Quando gostaríamos de não ter;
E tudo fica estranhamente parado.
Convocamos o silêncio 
Mais uma vez, e mais uma vez 
O silêncio se recusa,
Apesar de agora se fazer ouvir…
Esperamos que o momento 
Nos faça felizes, 
E ficamos prontos para assumir 
As consequências!
Afinal, sempre aqui estivemos…
Os ruídos, para lisonjear a tristeza
Ou para a disfarçar, fazem-se duráveis
De excessivos. A nós não nos dizem 
Nada de novo…
Deixa cá ver se ainda estamos vivos,
Quando a madrugada nos surpreender!
António A. M. Carneiro, in “Peço ao vento 
que acelere o grito”

Partilhar nas redes sociais

Comente Aqui!









Últimas Notícias
Universidade Sénior presta homenagem emotiva ao professor João Silva
4/12/2025
Fogo destrói por completo habitação em Ossela
4/12/2025
Alunos do primeiro ciclo plantam o futuro no âmbito do projeto 'Renascer Azeméis'
4/12/2025
Ossela une-se para iluminar o espírito natalício
4/12/2025
Família organiza buscas pela idosa na manhã do próximo domingo
3/12/2025
Família reforça apelo por idosa desaparecida há uma semana do Hospital da Feira
3/12/2025
LightParade vai levar magia de Natal iluminada às ruas de São Martinho da Gândara
3/12/2025
Oliveirense joga em Paço de Arcos para a Taça de Portugal
2/12/2025