15 Sep 2022
Manuel Almeida *
Por esta altura, Oliveira de Azeméis e os Oliveirenses vivem em corrupio e os temas mais falados entre as pessoas são o regresso às aulas, a realização da Noite Branca e a reabertura das piscinas municipais. Acontecimentos que mexem com a nossa economia local e com o convívio entre todos nós.
Mas, ainda ouvi poucos Oliveirenses falarem sobre um tema que pode desvalorizar o nosso concelho. Estou a referir-me à suposta deslocalização do Tribunal do Trabalho e do Juízo de Execução de Oliveira de Azeméis.
Por enquanto ninguém tem certeza de nada, mas a confusão e as incoerências são mais que muitas, depois da própria ministra da Justiça ter admitido essa possibilidade.
Neste momento, a única certeza que temos é que efectivamente a deslocalização dos serviços para Vale de Cambra ou São João da Madeira, está em cima da mesa, e prova disso foi a realização de uma reunião entre os funcionários do tribunal e responsáveis do IGFEJ.
Enquanto funcionários dos serviços centrais reúnem com os funcionários do nosso tribunal para os informar da provável deslocalização, enquanto a ministra da Justiça declara que a deslocalização é uma forte possibilidade, em Oliveira de Azeméis temos um presidente de Câmara que afirma que não sabe de nada… Mas, será que não sabe mesmo?? Pelo que sabemos a ministra também afirmou que a autarquia “tem vindo a solicitar a cessação da cedência” do espaço onde se situam os serviços do Juízo de Execução. Com estas afirmações e sem querer levantar suspeitas, arrisco a dizer que alguém não está a falar a verdade! Será a Ministra ou o nosso presidente de Câmara?
Como diz o bom povo: “onde há fumo, há fogo”.
Oliveira de Azeméis tem mais de 66 mil habitantes, temos mais indústria e geramos mais riqueza para o País. Bairrismos à parte e com todo o respeito pelos Valecambrenses e Sanjoanenses, Oliveira de Azeméis não pode perder estes serviços e o CHEGA tudo fará para que tal não aconteça.
Ao dia de hoje, e passado mais de um mês em que tivemos conhecimento desta situação, a única coisa feita pela autarquia, foi solicitar uma reunião com a ministra para esclarecer todo este assunto, mas a ministra supostamente ainda não se dignou a responder ao pedido de reunião. Esta atitude da ministra é deveras lamentável mas a passividade e a inércia do nosso executivo municipal é vergonhosa.
* Presidente da comissão política Concelhia do CHEGA