Manuel Almeida *
Um ano passou sobre o grande incêndio que deflagrou em Oliveira de Azeméis, na UF do Pinheiro da Bemposta, Travanca e Palmaz, e que rapidamente alastrou a concelhos vizinhos consumindo mais de 2500 hectares de floresta.
Um ano passou e a falta de limpeza de matas e limpeza das faixas de combustão ainda prevalecem em vários lugares das nossas freguesias, principalmente nos lugares mais rurais e limítrofes do concelho, nomeadamente nas freguesias de Cucujães, S. Martinho da Gândara, Loureiro e em Palmaz.
Questionado sobre este assunto na assembleia municipal realizada no passado dia 28 de Abril, o Sr. Presidente da autarquia esclareceu que no primeiro trimestre deste ano tinham sido limpos 23 hectares de faixa de combustão, mas numa viagem pelos lugares acima mencionados deparamo-nos com uma realidade bastante diferente e preocupante, porque ainda muito tem de ser limpo e acautelado.
O panorama nacional não é menos preocupante que o nosso, com a falta de limpeza e o total desmazelo que se verifica um pouco por todo o país, e com as garantias do ministro da Administração Interna nos inícios de Junho em que afirmou que não iriam faltar meios e que o país estava preparado para a época dos incêndios, mas no início deste mês já veio admitir que faltavam seis meios aéreos. Afinal, estamos ou não preparados?
Não deveria ser necessário relembrar que sempre existiram matos, incendiários e fenómenos meteorológicos, mas nunca a floresta ardeu tanto como nos últimos anos.
É imperativo e urgente tratarmos da limpeza e ordenamento da nossa floresta para não reagirmos apenas nos momentos de aflição.
Devemos refletir sobre isto!
* Presidente da comissão política Concelhia do CHEGA