Politicamente (in)correto

No início deste mês, António Costa apresentou um conjunto de medidas que garante serem históricas no apoio aos jovens portugueses.
Já em 2016, o mesmo António Costa prometia uma revolução nas políticas de habitação com a garantia que iria entregar pelo menos 7500 habitações com renda acessível. Sabem quantas habitações foram entregues? Nenhuma!
Também no início de 2016, o primeiro-ministro socialista garantia que todos os portugueses iriam ter médico de família atribuído e também um enfermeiro especialista em saúde familiar. Não só não cumpriu com mais esta promessa, como o número de portugueses sem médico de família atribuído, aumentou.
Alem das medidas para a habitação, foram apresentadas medidas que contemplam a gratuitidade de passes de transportes para jovens estudantes até aos 23 anos, que por acaso é uma medida que já está implementada em vários concelhos do nosso país, ou seja, nada de novo. Não nos podemos esquecer da “excecional” oferta de 4 viagens na CP e de estadia de 6 noites nas pousadas de juventude, onde podem relaxar e lerem o livro comprado com a oferta do cheque-livro… É este o prémio que o governo socialista tem para quem conclui a escolaridade obrigatória.
Aproveitou para prometer também IRS zero no primeiro ano de trabalho, prémios salariais anuais equivalentes ao valor pago em propinas.
Todas estas medidas são absolutamente paliativas face aos problemas de precariedade laboral e dificuldade de acesso à habitação que os jovens enfrentam, com um mercado de arrendamento que é absolutamente desajustado da realidade salarial dos jovens portugueses, e não passam de remendos incapazes de resolver o problema dos jovens.
O primeiro-ministro de um país que perde capacidade de produtividade há seis anos consecutivos e está cada vez mais na cauda da Europa, onde a carga fiscal atinge valores recordes, ultrapassando já os 36%, com um quinto da população a viver no limiar da pobreza, com os serviços de saúde e educação em autêntico colapso, esperavam-me medidas mais robustas, mais abrangentes e acima de tudo, que fossem cumpridas.
António Costa e os seus delfins socialistas, estão muito habituados a prometer, mas pouco habituados a cumprir!
Presidente da comissão política Concelhia do CHEGA