29 Nov 2023
Manuel Almeida *
25 de Novembro de 1975! 48 anos depois…
No passado sábado, celebrou-se uma data importante na história de Portugal, pois marcou o fim do Processo Revolucionário em Curso (PREC) e consolidou a democracia no país.
A comissão Política Concelhia do Partido CHEGA em Oliveira de Azeméis não deixou passar esta data ao lado, ao contrário de alguns partidos da direita moderada, fofinha, frouxa e moribunda, e com dignidade, respeito e honra procedeu à colocação de uma coroa de flores no memorial aos combatentes, na Praça José da Costa, homenageando os militares do Regimento de Comandos que travaram o golpe de estado que estava a ser perpetuado por militares ligados à extrema esquerda, e homenageando também todos os ex combatentes que serviram e os que tombaram no campo de batalha ao serviço da nossa Pátria.
Mas afinal, o que aconteceu a 25 de Novembro de 1975? Esta é uma pergunta que muitos jovens nos colocam!
Um ano após a revolução, a sociedade portuguesa encontrava-se bastante dividida existindo uma oposição clara entre aqueles que pretendiam prosseguir a revolução com o MFA, incluindo-se aqui o governo liderado por Vasco Gonçalves e os que entendiam que o caminho se deveria fazer com os partidos políticos sufragados em eleições.
Nos meses seguintes o país assistiria a uma série de episódios de violência de grupos mais ou menos organizados da extrema-esquerda, e a ameaça de uma guerra civil era real.
Em Julho, Vasco Gonçalves propõe recentrar a autoridade no Conselho da Revolução, e a liderança política num diretório que incluiria também Costa Gomes (na altura Presidente da República) e Otelo Saraiva de Carvalho. Mas o “Grupo dos nove”, um conjunto de militares moderados e pertencentes ao Conselho da Revolução, propõem, um mês depois, que o poder seja exercido pelos partidos políticos. Como na altura não existia democracia, estes são afastados do Conselho na sequência dessa tomada de posição.
A 12 de novembro, uma manifestação das forças de esquerda impede os deputados de saírem do parlamento durante dois dias, e na semana seguinte o governo entra em greve por falta de condições para exercer o seu mandato. A 25 de novembro toda esta tensão chega ao limite, com sectores da esquerda radical a tentarem um golpe de estado, que acabou por ser frustrado pelos militares que se encontravam com o “Grupo dos nove”, apoiados por um plano militar liderado por Ramalho Eanes.
O CHEGA considera necessário fazer justiça à história de Portugal, aos portugueses, à democracia e ao Estado de Direito democrático, e por isso não irá permitir que o 25 de Novembro de 1975 seja esquecido!
* Presidente da Comissão Política Concelhia do CHEGA