22 Jan 2024
Manuel Almeida *
Na última semana, e depois da realização da VI Convenção Nacional do CHEGA em Viana do Castelo, uma grande maioria dos comentadores políticos avençados das nossas televisões e submissos ao sistema político aproveitaram o seu tempo para vomitarem todo o ódio que sentem pelo CHEGA, pelos seus dirigentes, pelos militantes e em alguns casos, até mesmo pelos eleitores catalogando-os como “iletrados”, “arruaceiros”, “fascistas”, entre outros adjetivos. Até por cá, no nosso cantinho de Oliveira de Azeméis houve quem libertasse algum fel através de “poemas” mal-amanhados e sem sentido nenhum, que me levaram a pensar que a veia poética não faz parte das qualidades de alguns “opinion makers” oliveirenses.
Apesar de todos dizerem que o CHEGA é um partido irrelevante, sem futuro, sem ideias, sem propostas e sem capacidade de governação, é notório o medo e o receio demonstrado por estes incentivadores ao ódio que proliferam nos nossos meios de comunicação social. Porque será?
Todos criticaram e disseram que as propostas anunciadas pelo CHEGA, não são exequíveis e que não passam de propostas eleitoralistas, mas o que estes seres que todos os dias nos aparecem nas televisões não dizem é que em Portugal gastamos anualmente cerca de 20 mil milhões de euros para tapar os buracos (roubos) provocados pela corrupção, um valor que daria para construir muitos aeroportos, hospitais, corredores de água entre o norte e o sul do país, e que é muito superior ao valor gasto anualmente com a saúde e com a educação.
O que esses seres não dizem é que, segundo um estudo da Faculdade de Economia da Universidade do Porto, o peso da economia não registada (economia paralela) tenha atingido um recorde de 34,37% do PIB em 2022, o correspondente a mais de 82 mil milhões de euros, valor que equivale, por exemplo, a seis orçamentos da saúde e a 30% da dívida pública. O que estes seres não dizem é que as subvenções vitalícias pagas a ex políticos (alguns condenados, outros presos), teve um aumento de 8,3% face ao ano anterior, passando a custar mais de 9 milhões de euros pagos por todos nós.
Mas o foco destes seres, sempre foi e vai continuar a ser, denegrir um partido que goste-se ou odeie-se, é a terceira força política no parlamento português graças ao voto de quase meio milhão de eleitores que devem de ser respeitados. Afinal, de nada vos adianta colocar o cravo vermelho na lapela e cantar o Grândola Vila Morena se não respeitam a liberdade e a democracia que tanto berram e dizem defender!
* Presidente da Comissão Política Concelhia do chega
* Vice-Presidente da CPC do CDS-PP de Oliveira de Azeméis