Politicamente (in)correto

Para iniciar esta crónica, e não querendo ser muito duro com o executivo municipal nesta semana da Páscoa, existe uma situação que me tem inquietado nas últimas duas semanas. Estou a referir-me ao abandono de obra por parte do empreiteiro responsável pelo alargamento do abastecimento de água e saneamento na freguesia de Madaíl. As referidas obras estão completamente paradas há largos dias obrigando os moradores a fazerem desvios de quilómetros quando apenas necessitavam de algumas centenas de metros para chegarem a suas casas, não esquecendo também o estado vergonhoso em que se encontram a maioria das ruas desta freguesia.
Já não é a primeira vez que uma empresa responsável por uma obra pública no nosso concelho abandona a mesma, mas uma coisa é uma restauração de um edifício ou parque de lazer, em que o transtorno causado aos munícipes é relativamente baixo, outra coisa é uma obra que implica corte de vias, abertura de valas e etc, ficar completamente abandonada aumentando ainda mais o transtorno causado a quem nestas ruas circula. Isto é inaceitável, vergonhoso e requer uma atitude musculada por parte da autarquia o quanto antes com vista a mitigar os enormes transtornos e prejuízos causados aos munícipes.
Olhando agora para o panorama político nacional e com os resultados da emigração fechados, ficamos com uma certeza: os portugueses pretendem uma verdadeira mudança no paradigma político português e deixaram isso bem claro na última semana, através do voto, ao elegerem 50 deputados do partido CHEGA e colocando desta forma um ponto final ao bipartidarismo dos últimos 50 anos.
Para finalizar, relembro todos aqueles que nos apelidam de extremistas, populistas, racistas e xenófobos, que o CHEGA foi aceite pelo Tribunal Constitucional português a 9 de abril de 2019, e esses incautos ainda não aprenderam ao longo destes últimos cinco anos que quanto mais nos atacam, mais força nos dão e mais o partido cresce.
Talvez sejam “sinais dos novos tempos”, tempos de mudança!

* Presidente da Comissão Política Concelhia do chega