17 Apr 2024
Manuel Almeida *
Agora que os dezassete ministros e os quarenta e um secretários de estado do governo de Montenegro já tomaram posse, apresentaram o seu programa de governo e “sobreviveram” a duas moções de rejeição apresentadas por dois partidos moribundos, é chegada a hora de arregaçarem as mangas e começarem a trabalhar.
Não se avizinham tempos fáceis para este governo, porque estará sempre dependente de diálogos com o PS e com o CHEGA, coisa que não tem feito até agora. Montenegro ainda não se convenceu que terá de fazer acordos principalmente à direita, se quiser levar este mandato até ao final, ou então que se coloque no colo do PS…
Do programa do governo sobressaem algumas medidas que terão impacto directo nos bolsos dos portugueses e das empresas, que saúdo desde já, nomeadamente a descida da taxa de IRS, a isenção de IMT e imposto de selo na compra de casa para jovens até aos 35 anos, a redução da taxa de IRC, entre outras medidas. Espero que as empresas se sintam incentivadas a criarem mais postos de trabalho e a pagarem melhores salários, e a aumentarem a produtividade. As medidas que constam no programa de governo e que são direcionadas para as forças de segurança e outras classes que têm estado em luta, são pouco concretas, assim como medidas de combate à corrupção. Nestes últimos pontos voltamos a um governo de “poucochinho”!
Não posso terminar sem dizer que fiquei “contente” com algumas propostas apresentadas pelo PS na voz do seu secretário-geral, que visam por exemplo, a redução do IVA na electricidade e a abolição das portagens nas ex-sctus, mas era bom algum socialista lembrar o seu líder que o PS votou contra a redução do Iva na electricidade proposta pelo CHEGA e também votou contra a abolição das portagens nas ex- sctuts, proposta também pelo CHEGA.
Convém lembrar os dirigentes do Largo do Rato que o PS nos últimos 8 anos esteve sempre contra estas medidas e que a hipocrisia em política paga-se caro!
* Presidente da Comissão Política Concelhia do CHEGA