1 Jul 2024
Manuel Almeida *
Na última semana assistimos a uma excitação colectiva em torno da eleição do ex-primeiro ministro António Costa para a presidência do Conselho Europeu, e todos, da esquerda à direita fofinha ansiavam pelo anúncio oficial. Da esquerda já esperava porque serviram de muleta para o governo da “famosa” geringonça, mas do PSD e do CDS não esperava tanta excitação… Estes dois partidos em Portugal, rasgam as vestes com António Costa, mas lá fora apoiam-no em nome do orgulho nacional!
Corria o ano de 2022 quando Luís Montenegro afirmava que António Costa era um “flop como primeiro-ministro” salientando a sua “incompetência e falta de liderança”.
O CDS rapidamente se juntou à festa e também apoiou António Costa, embora de forma envergonhada. Também não podia ser diferente, pois quando se é um “náufrago político” não se pode falar mal da jangada, sob pena de ser deitado borda fora. Pelo que tenho escutado os eleitores que votaram na AD no passado dia 10 de março não estão muito satisfeitos com este apoio…
António Costa deixa um triste legado em Portugal, porque a grande maioria dos portugueses não esquece os negócios ruinosos na compra dos helicópteros Kamov e a adjudicação do SIRESP, também não esquece que foi António Costa quem ditou o fim dos guardas-florestais e fez do congelamento de novas admissões na PSP e na GNR uma bandeira. Tudo isto enquanto ministro da Administração Interna.
Mais recentemente, e na última legislatura não esquecemos as trapalhadas que surgiam semana após semana, com casos e casinhos envolvendo ministros, secretários de estado e assessores de um governo completamente à deriva liderado por António Costa, recém-eleito presidente do Conselho Europeu.
Afinal António Costa não servia a Portugal, mas serve perfeitamente para a Europa. Não pode haver maior hipocrisia! Mas tudo isto serviu para os portugueses perceberem que quando se trata da distribuição de cargos, o sistema está sempre de acordo!
* Presidente da Comissão Política Concelhia de OAZ