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Correio de Azeméis

8 May 2025

Politicamente (in)correto  (CHEGA)

Opinião Política CHEGA

> Manuel Almeida

No dia do apagão que mergulhou Portugal num silêncio atroz, ficámos com a sensação clara de que, afinal, a soberania já não nos pertence. Durante horas, para alguns, dias, a ausência de respostas, de coordenação e de liderança foi gritante. O governo calou-se. A comunicação institucional desapareceu. E o cidadão comum ficou entregue à sua sorte, como quem acorda no meio de uma tempestade sem bússola, sem mapa e sem quem lhe diga para onde ir.
E se este apagão serviu para algo, foi para nos revelar uma verdade desconfortável: o Estado falha quando mais precisamos dele. O SIRESP, essa rede que tantos milhões custou aos contribuintes, revelou-se novamente inoperante. Em teoria, deveria garantir comunicações em situações de emergências. Na prática, falhou como tantas outras vezes. Quantos mais testes precisamos até aceitarmos que este sistema está podre de ineficácia?
E é neste caos generalizado que nos vemos confrontados com o paradoxo da nossa era: falamos de transição energética, de um futuro verde, de painéis solares e eólicas. Mas quando a luz se apagou, foram os velhos geradores a gasóleo que mantiveram os hospitais a funcionar. Foram os combustíveis fósseis que permitiram que algumas rádios se mantivessem no ar, únicas vozes num país às escuras. Ironia ou hipocrisia? Este episódio não foi apenas um falhanço técnico. Foi um ensaio geral do colapso! E a prestação dos responsáveis políticos e institucionais foi, no mínimo, alarmante. Ficou claro que nem governo, nem Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, nem as autarquias, muito menos os próprios cidadãos, estão minimamente preparados para lidar com uma catástrofe de maior dimensão.
Em Oliveira de Azeméis, o cenário foi surreal: mais de 48 horas sem água nas torneiras em algumas zonas, sem qualquer explicação válida por parte da autarquia ou da concessionária. Um silêncio ensurdecedor que só veio aprofundar a sensação de abandono.
Deus nos livre de um terramoto, de uma grande tempestade ou de um incêndio catastrófico. Porque se num simples apagão tudo ruiu, num verdadeiro desastre não sobra pedra sobre pedra. Falta planeamento, falta humildade para reconhecer falhas, falta liderança. E acima de tudo, falta respeito pelo povo que paga, espera e desespera.
Portugal não pode continuar a viver à mercê da sorte e da inércia. Já não é só uma questão de governação: é uma questão de sobrevivência e soberania!. 


Manuel Almeida, Presidente da Comissão Política Concelhia do partido CHEGA

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