14 Jul 2022
Exclusivos Entrevistas - ADN Oliveirense com Helena Terra
Em mais um programa ‘ADN Oliveirense’, com Helena Terra, Hugo Pinto, CEO da empresa JDD Moldes, foi o convidado do último programa. Um empresário com ADN puramente oliveirense, falou do atual panorama da economia mundial, da posição de mercado da empresa e futuras ambições para o negócio. Segundo palavras do mesmo “as crises não importam nada, a posição de mercado é o fator mais importante”, sendo que, “nós precisamos de mais empreendedorismo, não é apoiar as empresas, eu sou contra apoiar as empresas.”
A criação da JDD Moldes
“A JDD Moldes começou com um capital emigrante, foram seis pessoas que se juntaram para abrir uma empresa nos EUA, que depois de terem sucesso saíram três pessoas, que olharam para os filhos e perceberam que se continuassem na América os filhos não regressariam a Portugal e estabeleceu-se assim raízes de novo no nosso país com a criação da JDD. Esta sigla que significa João, Daniel e Domingos, os três sócios. Entre 1984 e 1992 a empresa funcionou com os três, tendo saído primeiro o Daniel e seguidamente em 2006 o Domingos. Neste momento a empresa pertence ao meu pai, Armando, e a segunda geração que sou eu que de agora e diante tem tomado as rédeas e levado a empresa a bom porto.”
Hugo Pinto, CEO da empresa
Raio-X da empresa
“Esta é uma empresa familiar, que estava em franco crescimento antes da crise automóvel de 2019, entretanto veio a Covid-19, mas mesmo assim, graças à forte presença de mercado, a JDD conseguiu estar sempre a laborar. Passamos pela crise sem grandes sobressaltos, mas agora temos uma guerra e não sabemos o que vai acontecer, mas sempre a criar desafios novos e a criar soluções para os nossos clientes. Tínhamos uma faturação de cerca de 8 milhões de euros, com 60 e poucos empregados, decresceu, passou para os 6 milhões e a nossa intenção nos próximos anos é ir para os 12 milhões de euros.”
Hugo Pinto, CEO da empresa
“As crises não importam para nada”
“Eu tenho espírito empreendedor, sou positivo, e nós ou vemos o copo meio cheio ou meio vazio. Nunca vai haver cenários perfeitos em que estejamos sempre a crescer e eu aprendi na minha experiência que as crises não importam para nada, interessa sim como estamos posicionados no mercado. Porque se nós estivermos organizados e bem posicionados, quando o mercado regressar, podemos abraçar e ter um grande aumento de faturação e estar preparado para isso. As crises são sempre cíclicas e agora vai ser ainda mais instável por causa da guerra. (…) Nós enquanto país é uma excelente oportunidade para crescermos, na minha opinião.”
Hugo Pinto, CEO da empresa
“A energia é fundamental para a indústria”
“O país tem de fazer as suas mudanças. Nós precisamos de mais empreendedorismo, não é apoiar as empresas, eu sou contra apoiar as empresas. O que devemos fazer é criar condições para haver mais empreendedorismo e empreendedores. Para isso fazemos políticas energéticas a longo prazo, será que temos de ir para o nuclear? (…) a energia é fundamental para a indústria, portanto, se queremos ter uma política industrial em Portugal, temos de ter uma política energética de longo prazo, onde verdadeiramente temos acesso a energia mais barata e a única solução que eu vejo é o nuclear.”