Saudável(mente) com a Dr.ª Fanny Martins
Saudavel(mente) com a Dr.ª Fanny Martins (#Episódio3)
No terceiro episódio do ‘Saudavel(mente)’, o programa da Azeméis TV/ FM, com a Dr.ª Fanny Martins, hipnoterapeuta, que promete levar até aos nossos ouvintes as melhores dicas e reflexões que potenciem a saúde emocional e mental, falamos sobre reclamar, um ato “proibido”. Vai poder conhecer o porquê de ser “proibido reclamar”, “a regra número trinta e quatro das regras de S. Bento”. “É importante sairmos deste registo de reclamar, de ser um reclamador, para ser um transformador”, referiu a com a Dr.ª Fanny Martins.
Porquê que estamos sempre a reclamar?
“Para vivermos bem em comunidade era importante ser proibido reclamar, mas também ao nível individual, da nossa saúde mental. Nós próprios devíamos proibir-nos de sermos resmungões e reclamadores. Conheces aquele tipo de pessoa que de manhã à noite está sempre a reclamar? Às vezes somos todos essa pessoa, porque nós somos muito ‘egóicos’ e isso faz-nos reclamar muito. Reclamamos da sociedade, da política, da meteorologia, dos pais, da educação, de tudo”.
Reclamar vs. Discordar/debater
“A base da saúde emocional é o autoconhecimento e autoanálise, para percebermos se somos estes reclamadores. Reclamar nada tem a ver com discordar ou debater. Eu tenho todo o direito de manifestar a minha opinião, de discordar, mas isto implica uma ação. Se eu discordo, eu vou explico porque é que eu discordo. Quem reclama, só reclama. Normalmente o reclamador é aquele que não quer fazer nada. Então se eu não quero fazer nada, eu vou dizer que nada pode ser feito”.
Passar de reclamador a transformador
“Eu sou responsável pela felicidade do outro, o outro vai ser responsável pela do outro, isto acontece em cadeia. Então eu sou importante na vida do outro, se interajo na vida do outro estou a influenciar o seu dia, e o outro vai influenciar o meu dia. A regra trinta e quatro é muito importante ser relembrada, que é: eu não vou resmungar, eu não vou ser reclamador e passo a ser transformador. Deixo de reclamar a dor, para transformar a dor e quando eu transformo a dor, eu crio algo novo e melhor”.
“Nós somos o protagonista da mudança”
Eu acredito vivamente como saúde mental que nós somos o protagonista da mudança (…) O autoconhecimento é a base. (…) Eu apanho trânsito todos os dias, e isso desgasta-me. Então passo a queixar-me que a culpa é das estradas ou de quem coordena as estradas (…) é um ciclo vicioso. Temos de saber transformar isto. ‘O que é que eu posso fazer neste tempo para ‘transformar esta dor’? Talvez ouvir um podcast, ou algo que nos dê prazer e ajude a melhorar aquele tempo, por exemplo telefonar a alguém com que já não falo há muito tempo (…) Vamos ficar melhores, e com o meu melhor, eu vou chegar e vou influenciar positivamente. (…) É passar um bocado o ‘micro’ para o ‘macro’, é deixar de reclamar”.
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