6 Jul 2023
VALE SERÁ ENTREGUE AOS ALUNOS DO 1º,2º E 3º CICLOS DO ENSINO PÚBLICO
O executivo socialista aprovou na última reunião de executivo camarário o vale educação a ser entregue aos alunos do 1º,2º e 3º ciclos do ensino público no concelho de Oliveira de Azeméis, no valor de 30 euros. O PSD absteve-se na votação, com Carla Rodrigues, do PSD, a considerar o vale de educação “discriminatório e injusto”.
Joaquim Jorge, presidente da câmara municipal, começou por esclarecer que “este vale de educação destina-se a alunos do 1º,2º e 3º ciclos das escolas públicas. Estamos a falar de 30 euros por aluno que se destina à aquisição de material escolar, nas livrarias aderentes do nosso concelho”. Carla Rodrigues começou a sua intervenção afirmando que este “é um apoio discriminatório e injusto. É discriminatório porque não abarca todas as instituições de ensino do concelho de Oliveira de Azeméis. Lamentamos que existam instituições de ensino, que por não serem públicas, são discriminadas”. A vereadora prosseguiu declarando que “é injusto porque continuamos a não contemplar o pré-escolar e o secundário que poderia e deveria ser contemplado”. Quanto ao valor a vereadora considerou que “estes 30 euros não dão, seguramente, para os pais comprarem a mesma coisa que compraram no ano passado” questionando “porque é que a câmara municipal não atualiza este valor, no mínimo, para os 35 euros”.
O presidente da câmara municipal relembrou que “o nosso compromisso foi o de apoiar, com o vale educação, todos os alunos do 1º, 2º e 3º ciclo e é isso que que estamos a fazer. Estamos a falar em fazer chegar às famílias oliveirenses 140 mil euros”, realçando, no entanto, que “é evidente que todos os apoios podem ser melhorados. Esse percurso deve ser seguido quando tivermos todas as condições reunidas para o fazer”. Joaquim Jorge acrescentou que “os oliveirenses querem que quem está à frente dos destinos da autarquia e gere os recursos financeiros dos oliveirenses que o faça com responsabilidade”.
José Campos, vereador do PSD, respondeu a Joaquim Jorge afirmando que “aumentar para 35 euros, mantendo o mesmo número de alunos, estamos a falar de um acréscimo de 23 mil e 250 euros. Torna-se incompreensível em falar em irresponsabilidade. O que ponho em causa é que havendo um saldo de gerência de 35 milhões de euros, não haja 23 mil e 250 euros para isto”.
Joaquim Jorge acusou o vereador do PSD de ter “uma visão simplista das situações” e terminou afirmando que “nós olhamos para as coisas numa perspetiva estrutural e integrada porque é assim que tem que ser. Não queremos reforçar esses apoios, queremos criar condições para que exista uma menor necessidade de dar esses apoios. É para isso que trabalhamos todos os dias”.