Regresso às aulas "em era pandémica"
Opinião
Volvido o tempo de férias académicas, sempre merecido após um ano aturado de trabalho e de estudo, é tempo de regressar à vida universitária. Mas o tempo que vivemos, sobejamente conhecido por todos, é diferente. Há um antes e um depois do COVID, que modificou os modos de comportamento e das relações sociais. Aos estudantes, jovens e aos mais adultos, apela-se ao sentido ético da responsabilidade e da solidariedade, que nos remete para o compromisso ético de não relativizar nem olhar com indiferença o tempo presente que assola a humanidade mas ver com esperança o futuro. Estamos no meio de uma 'guerra silenciosa' que vai matando vidas – de todas as idades. O perigo de relativizar leva à perda da responsabilidade pessoal e social; relativizar não pressupõe evitar a angústia perante o COVD, pelo contrário, o seu efeito é o aumento da insegurança, logo de angústia e temor. O relativismo tem consequências para o próprio e para a sociedade em geral; não se trata de ter coragem, mas precisamente a falta dela. No que diz respeito à indiferença, do ponto de vista ético, é negar uma relação saudável com os outros, é fechar-se em si mesmo, e põe em causa o princípio da solidariedade entre as pessoas, que é fatal. Sem solidariedade pessoal e social as instituições e a sociedade definham.
Os estudantes, neste regresso às aulas, como de resto todos os intervenientes, têm um papel fundamental para evitar o contágio. O seu modus operandi tem que ser responsavelmente competente e eticamente solidário. Erradicar este vírus é possível. A ciência esforça-se para encontrar a vacina, mas na perspetiva ética ela já existe. A vacina é a educação para a liberdade responsável e para solidariedade desejável, para o bem-estar de todos…
Prof. Doutor, Carlos Costa Gomes, Provedor do Estudante da ESSNorteCVP e IB-UCP
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