Requalificação da Escola de Santo António vai de novo concurso

Ossela

Estes assuntos foram debatidos na reunião de Câmara de 11 de setembro

Intervenção reforça núcleo castriano na freguesia, quando também se aguarda avanços no Centro Interpretativo

Primeiro concurso para a requalificação da antiga escola de Santo António, em Ossela, ficou deserto mas será relançado, com o mesmo valor. Um dos objetivos da intervenção é recriar a antiga sala de aulas da escola num dos compartimentos do edifício, conforme as memórias de infância do escritor.

Depois do primeiro concurso para a obra na antiga Escola Primária de Santo António, em Ossela, ter ficado deserto a Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis vai lançar novo procedimento, anunciou o presidente na última reunião do Executivo. Por não ter recebido indicações que justifiquem atualização, o preço será mantido. Joaquim Jorge acredita que, o facto de a tentativa anterior ter coincidido com a época estival poderá ter contribuído para a ausência de propostas.

Segundo foi explicado na reunião, o concurso lançado com valor de referência na ordem dos 273 mil euros, não existiu feedback dos potenciais empreiteiros que fundamente alteração do valor base. No mais, sustentou que agosto “é extremamente complicado” para orçamentações, mas está convicto que, na nova tentativa, haja propostas.

“Queremos nesta escola recriar a sala de aulas de Ferreira de Castro”, lembrou o edil, num edifício que albergará ainda um espaço intergeracional.

O projeto da obra prevê a refuncionalização do edifício antigo, “mantendo as suas características arquitetónicas” e que possa “servir como equipamento público, no âmbito da memória ao escritor Ferreira de Castro”, afirmou Joaquim Jorge.

 

As obras

Recorde-se que a realização da obra implica a demolição dos telheiros e anexos precários junto ao edifício, numa lógica de recuperar a imagem arquitetónica original, mas criando um espaço com sala administrativa, área de cafetaria e instalações sanitárias.

Já a intervenção no edifício principal permitirá acolher a Sala Ferreira de Castro, valência de carácter museológico de âmbito biográfico, prevendo-se a recriação do ambiente da sala de aulas de infância do escritor, e com introdução de sons ambiente da floresta amazónica, para além de outros artefactos, que ficarão a cargo do projeto de museografia. O pólo intergeracional funcionará na ala oposta, numa sala com cerca de 84 metros quadrados.

Com este equipamento, o Município reforça o conjunto de respostas orientadas para potenciar, integrando-o no núcleo castriano que inclui – a par dos roteiros literários promovidos pelo Centro de Estudos Ferreira de Castro – a Casa Museu, a Biblioteca e o Centro Interpretativo Ferreira de Castro.

Aliás, na mesma reunião de Câmara o presidente detalhou a evolução desta última, antes de ser submetida a aprovação uma adenda ao contrato interadministrativo de apoio financeiro a celebrar com a Junta de Freguesia de Ossela, no valor de quase 36 mil euros.

“Com esta revisão de preços encerramos a primeira fase deste importante investimento na promoção da vida e obra de Freira de Castro. Estamos a falar de um investimento que ficou globalmente em mais de 300.000€ que foi suportado, podemos dizer, em iguais partes, praticamente, pela ADRITEM e pela Câmara Municipal”.

A segunda fase, que Joaquim Jorge admite ser “também é pesada”, está em fase de adjudicação passa por unir “o espaço dos conteúdos interativos, dos conteúdos funcionais que tornem a experiência de visitação uma experiência imersiva e agradável”. Um investimento que poderá superar os 200 mil euros, para proporcionar pessoas “um conhecimento profundo do escritor”.

 

Candidatura para a segunda fase nem sequer foi aceite

Nesse âmbito a Câmara apresentou uma candidatura, mas “infelizmente” não foi aceite pela Autoridade de Gestão. “A candidatura não foi chumbada: nem sequer foi aceite”.

Joaquim Jorge garantiu que “tinha muita qualidade, estava bem fundamentada,” mas “foi entendido que o que está ali a ser feito se trata de investimento imaterial. O município discorda, considera o projeto material e imaterial, e está a tentar agendar uma reunião para discutir o caso e dizer que a não aceitação da candidatura é um rude golpe para a cultura do norte”.

Foi também feita referência ao papel da ADRITEM, não só neste processo mas também no que vem desenvolvendo em prol do concelho, como o envolvimento em projetos como o Há Festa na Aldeia”.

“A ADRITEM tem financiado ou colaborado no financiamento muito importante de um conjunto de respostas que temos conseguido instalar nas freguesias do nosso concelho, ao nível da preservação da identidade local.  É efetivamente uma entidade que tem tido um papel preponderante no financiamento destas respostas.

Numa altura em que têm vindo a ser encurtadas as verbas que lhe são destinadas para gerir, o presidente enfatizou que “todos temos a obrigação de, junto da tutela, estas agências locais são muito, muito importantes porque têm um registo de proximidade e um conhecimento profundo dos territórios. O trabalho destas agências tem um impacto enorme na comunidade”.

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