19 Jul 2024
Sandro Oliveira, diretor da formação de basquetebol e treinador adjunto da equipa de sub-14 feminino da UDO; Carolina Martins, atleta sub-14 de basquetebol da UDO; Vítor Martins, coordenador da formação de basquetebol e treinador da equipa de sub-14 feminino da UDO (da esq.ª para a dir.ª)
> Equipa sub-14 de basquetebol da UDO foi campeã distrital
Pela primeira vez na história do basquetebol da Oliveirense, uma equipa feminina (sub-14) conquistou um título de campeã distrital para o clube de Oliveira de Azeméis. A jogadora da Oliveirense, Carolina Martins, integrou o cinco ideal desta fase final e foi ainda eleita a MVP (jogadora mais valiosa) da competição. Vítor Martins, coordenador da formação de basquetebol, Sandro Oliveira, diretor da formação e Carolina Martins, jogadora das sub-14 da UDO, estiveram nos estúdios da Azeméis TV/FM para falar desta conquista.
Uma época de sucesso. “Esta fase final [distrital] foi uma consequência do trabalho ao longo da época. Ao longo da época fomos estipulando objetivos, numa primeira fase foi de conhecimento das equipas e saber em que ponto é que estávamos. Após terminar a primeira fase definimos que o objetivo seguinte era terminar nas três primeiras classificadas, de forma a podermos participar nos campeonatos nacionais. Conseguimos o 2º lugar, na última jornada. Na segunda fase, no Nacional, andámos até ao último jogo para nos classificarmos para a fase final Nacional, mas, por dois pontos, ficámos de fora e depois na fase final [distrital] conseguimos o título. (…). Ao longo da época nunca foi uma obsessão ganhar. Queriamos estar a competir com as melhores. Cada vez mais, vai haver o compromisso por parte das atletas e mais qualidade de treino, foi isso que fomos tendo ao longo da época, que elas nos foram dando e nos foram desafiando a nós treinadores e é o resultado do empenho. (…). Das 17 atletas que temos na equipa, 15 delas têm mais de 95 por cento de presença em treinos. Elas nunca baixaram os braços”
Vítor Martins
Compromisso foi a palavra chave. “É uma equipa comprometida. E isso veio-se a comprovar precisamente no final da época. Todas [as atletas] tinham um compromisso de estar para treinar, para aprender, para evoluir, para se conhecerem cada vez melhor, para entender o método de jogo que fomos introduzindo. [Foi] uma equipa comprometida, unida (…) foi uma evolução muito gira, nós já lidámos com estas miúdas há muitos anos, algumas delas já têm talvez oito anos de basquete, e é engraçado vê-las de pequeninas a crescer e a ter esta progressão incrível e que está a trazer agora os frutos do trabalho.”
Evolução gradual e consistente. “O ano passado grande parte das nossas meninas eram de primeiro ano, inclusive tínhamos três miúdas que ainda eram sub-12 e, apesar disto tudo, a evolução delas foi conseguida, onde chegamos a estar numa final 6. Portanto, contando que a evolução seria natural e expectável, tudo indicaria que teríamos uma grande expectativa para este ano, inclusive também foram à Final Four do Inter Associações, que é uma competição com várias associações do Norte, neste e também conseguiram estar presentes na Final Four.”
Sandro Oliveira,
Empenho e dedicação. Faço muito a comparação do basquete com a nossa vida profissional no futuro. Se nos empenharmos no treino de basquete, se trabalharmos diariamente aquela hora e meia, que não é um tempo para brincar, porque os nossos pais pagam a mensalidade, têm o trabalho de levar os atletas ao treino, aquela hora e meia tem de ser aproveitada para fazer aquilo que todos gostam. (…) Mais tarde ou mais cedo, os resultados vão sobressair e eu digo-lhes: ‘se vocês daqui a cinco anos vão para o mercado de trabalho e não se empenham nas vossas empresas, se há um ao vosso lado na secretária que trabalha mais, vocês são ultrapassados’. Portanto, o que estamos a treinar aproveitamos o tempo e é a esta mensagem que passamos na formação. Não é nenhuma exigência, ninguém anda de chicote e quando somos exigentes para com os atletas eles percebem que nós queremos o melhor deles, não estamos constantemente a criticá-los (…) e há momentos para tudo, também gostamos de brincar (…).”
Vítor Martins
O futuro da formação e as principais necessidades. “Aquilo que nós queremos sempre alcançar é que os nossos atletas se sintam bem no clube e que sintam o clube, ou seja, a grandeza da Oliveirense. Que o representem da melhor forma e que o levem para a sua vida, quer seja pessoal ou familiar, levem valores que nós tentamos incutir neles. (…). Para a qualidade que nós queremos no treino, tanto direção como coordenação, introduzir mais atletas não vai certamente dar a qualidade pretendida. Portanto, nós não podemos ter muito mais atletas. Ainda temos alguma margem, mas para isso temos que ter, para avançar ainda mais, outras condições, mais espaço. Isso é uma dificuldade do nosso concelho. Está identificado, as pessoas responsáveis da direção, da autarquia, todos eles sabem dessas necessidades.”
Sandro Oliveira