Samuel Bastos Oliveira e o seus 90 anos de ‘estórias’

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Programa ‘Oliveirenses com estórias’

Samuel Bastos Oliveira, natural de Carregosa e residente em Fajões, foi o convidado da rúbrica da Azeméis TV/FM ‘Oliveirenses com estórias’. É dirigente associativo da Casa Museu Regional, foi político local e professor. Hoje, com 90 anos, conta um pouco da sua vida e as suas estórias.

A carreira de professor
“Licenciei-me em Salamanca e depois tirei o curso de Letras no Porto. Fui professor no Colégio de Gaia de 1956 até 1993 e fui ainda professor na Escola Industrial Comercial de Gaia a partir de 1975, depois do 25 de Abril. Era professor de Português, História, Organização Política e Jornalismo. Tive uma grande influência sindical, fui eleito na primeira direção dos sindicatos dos professores da zona norte e lutei pela igualdade do paralelismo pedagógico dos colégios”. 

A política
“Em 1972 fui convidado para ser presidente da Junta de Freguesia de Fajões. Essas eleições foram muito disputadas por duas listas, uma delas era a minha e tinha sido organizada pelo executivo anterior. Nunca fiz campanha nenhuma, mas ganhei. E fiz parte da Assembleia Municipal”.

Uma vida de associativismo 
“Servi a Banda de Fajões e acompanhei desde jovem os ensaios e as festas. Durante 10 anos, fui o presidente da coletividade (1961 a 1971). Fui organizador do Rancho de Fajões e o presidente da primeira direção em 1961. Nessa altura, foi a primeira vez que um grupo do distrito foi à televisão, levado pelo Pedro Almeida Melo no programa ‘Poesia, canto e dança’. Também fui um dos fundadores e o primeiro presidente da Assembleia Geral da Associação Cultural e Recreativa de Fajões. Há 23 anos, estou à frente da Casa Museu Regional”.

O gosto pelo jornalismo
“Fui colaborador do Correio de Azeméis, a partir de 1952, tinha na altura 20 anos. Aliás eu colaborei em muitos jornais, como no ‘Correio da Feira’, onde publiquei muitas coisas e ‘A Voz do Pastor’, que é o semanário da diocese do Porto. Depois fui correspondente da ‘Opinião’ e do ‘Correio de Azeméis’, no qual colaborava lealmente para os dois. Até que tive um choque com o diretor da ‘Opinião’, porque festejei o aniversário do ‘Correio de Azeméis’ e os jornais da mesma terra têm sempre os seus ciúmes. Fui também correspondente de ‘O Regional’ e ainda hoje escrevo para lá. Colaborei na ‘Gazeta de Paços de Ferreira’ e fui correspondente do ‘Diário do Norte’. Gostei muito do jornalismo”.

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