Santos da casa fazem milagres

Hoje apetece-me falar de gente. Gente que nos faz sonhar, que nos deixa felizes, que nos deixa com um sorriso por dias a fio. Quero falar de uma “miúda” de quem fui catequista e que tem um talento enorme. Tem ela, a irmã e a mãe. Esta miúda teve o convite e ousou dar um concerto na sua, nossa, terra e Oliveira de Azeméis ganhou tanto.
Bem... Que dizer deste concerto da Margarida? A primeira palavra que me ocorre é “Brutal”.
Sim, aquilo que a Margarida nos proporcionou foi algo brutal. Todos os que estavam naquela sala têm bons motivos para se sentirem felizes com aquela noite; abençoados mesmo por termos tido o privilégio de assistir ao vivo e a cores a tanto talento.
Foi talento, sensibilidade, comunicação, interação, diálogo, carinho, emoção e uma demonstração de Amor incondicional e genuíno pela terra e sobretudo pelos Pais.
Conheço a Margarida desde sempre. A Mãe e a irmã também são umas fadistas de encher a alma. O meu compromisso era de que um dia as queria às três em cima do palco a cantar e encantar. Não aconteceu agora mas um dia lá terá de acontecer. Foi para mim um privilégio ter participado na decisão de ter a Margarida no TeMA e ela ultrapassou tudo o que tinha imaginado. Ainda bem que a Ana Margarida Prado decidiu que a sua vida iria por este caminho. Como disse, fui catequista dela e já nessa altura eu achava que seria um belo caminho. Só que eu sei bem, por viver na primeira pessoa, o quão difícil é a vida de quem envereda pela vida artística.
Margarida, muito obrigado e força nesse teu percurso.
Para quem acredita que “Santos da casa não fazem milagres” têm aqui o exemplo vivo a provar o contrário.
Estamos juntos...

Ricardo Bastos, Organizador das ‘Corridas Solidárias’