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Correio de Azeméis

11 Dec 2023

"Só percebemos a gravidade quando entrou no IPO"

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Oliveirense acusa médico de negligência

“Todos os dias o meu marido faz radioterapia e todos os dias vamos para o IPO do Porto." Amélia Silva contou ao Correio de Azeméis que o marido, que sofre de cancro da próstata, atualmente com 69 anos, não foi devidamente acompanhado por um médico de família do Centro de Saúde de Oliveira de Azeméis e que foi uma médica do Hospital de S. Miguel que o encaminhou para o IPO este mês de novembro, que confirmou o estado avançado do cancro.

Conforme referiu ao nosso jornal, “há mais de 12 anos” que o seu marido iniciou o acompanhamento no Centro de Saúde de Oliveira de Azeméis, inicialmente com um médico de família diferente, “que era muito bom médico”. “Suspeita-se que o problema na próstata é hereditário, o meu sogro faleceu do mesmo, e o médico da altura, como a idade já era avançada, aconselhou a prevenir”, tendo na época este médico receitado um medicamento, “que o meu marido toma até hoje”, disse Amélia Silva.
“Lembro-me que ele sentia muitas dores, deixava de urinar e por vezes sentia que estava extremamente aflito e não era nada”, recordou Amélia Silva. Com o agravar dos sintomas e com a chegada de um novo médico de família, que os acompanhou durante “talvez os últimos oito anos”, este casal queria perceber o que se passava. As primeiras análises datadas de 2017 comprovam que os valores estavam acima do recomendável, confirmou o Correio de Azeméis nos exames a que teve acesso. No entanto, apesar das análises feitas, o médico de família sempre afirmou “que estava controlado, para o meu marido continuar a fazer a medicação”. 
Foi então, que Amélia Silva, procurou a opinião “de um médico particular, há cerca de um ano e meio (2021). Este confirmou, com novos exames, que havia cancro na próstata e estava em estado avançado. Foi aí que confrontamos o nosso médico de família e ele nos disse que por descargo de consciência nos ia mandar para o hospital de Santa Maria da Feira. Eu ainda questionei: ‘Não é melhor ir para o IPO, visto estar em estado tão avançado?’ Ao qual ele me respondeu que não”, apontou Amélia Silva.
Encaminhados para o Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga, esperaram quase um ano até serem chamados. Assim, o marido de Amélia Silva começou por receber tratamento paliativo, com a aplicação de injeções, no final de dezembro de 2022. Foram inicialmente acompanhados no hospital de São João da Madeira, e, posteriormente, em março de 2023, passaram a ser seguidos no Hospital de S. Miguel em Oliveira de Azeméis. Foi aqui que conheceram uma nova médica, “que no final do mês do outubro, início de novembro, encaminhou-nos para o IPO do Porto”, contou.
Passando para o IPO do Porto, de imediato na primeira consulta, a 07 de novembro deste ano, “os médicos no IPO queriam iniciar logo a radioterapia naquele dia. Nós ficamos em choque, porque achávamos que estivesse mais controlado.”
Assim, iniciou a radioterapia a 14 de novembro, e “se tudo correr bem termina os tratamentos a 17 de janeiro. Depois faz novas análises para percebermos a evolução da doença”, concluiu, em declarações ao Correio de Azeméis.

A mudança do médico de família e o encontro com o diretor do ACES - Entre o Douro e Vouga II
Com a situação em que se encontrava o marido de Amélia Silva, tomou a iniciativa de iniciar o processo de mudança de médico de família em abril deste ano. “Tive de preencher um questionário no Centro de Saúde de Oliveira de Azeméis, para iniciar o processo”, no entanto, não teve sucesso.
O tempo foi passando e em outubro deste ano “fui ao centro de saúde e revoltei-me. Perguntei como haveria de fazer para falar com Paulo Diz [o diretor do ACES – Entre o Douro e Vouga II]. Ameacei que iria a um advogado e chamaria os meios de comunicação. Poucos dias depois, penso que foi a secretária de Paulo Diz, ligou-me a marcar o encontro com o diretor que aconteceu no dia 30 de outubro”, contou. Este foi “espetacular comigo, perguntou-me o que se passava, onde eu expliquei tudo.”
Assim, após este encontro, o diretor do ACES – Entre o Douro e Vouga II pediu-lhe "para preencher novos papéis (…). Poucos dias depois, no dia 07 de novembro, tive a certeza da mudança do médico. Agora espero que nos trate bem.”
 

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