Em
Correio de Azeméis

6 Dec 2022

Solidariedade, voluntariado e Democracia

Helena Terra

O dia 05 de dezembro é o Dia Internacional do Voluntariado. Os dados disponíveis em Portugal são relativos ao ano de 2018, uma vez que os tempos de pandemia tornaram mais difícil esta contabilidade estatística. Em 2018, verificou-se que 695 mil pessoas com mais de 15 anos participaram em atividades voluntárias sem qualquer tipo de remuneração. E, note-se que estes números são, apenas e só os do voluntariado formal, bem sabendo nós que há muito voluntariado informal que escapa a esta contagem.

Em cada ano, a ONU, propõe um tema de reflexão para a comemoração deste dia. Este ano o tema escolhido é o da solidariedade. Solidariedade é um vocábulo que emerge do francês e que significa a identificação com o sofrimento de qualquer pessoa e, principalmente, a disposição para a ajudar, quer solucionando, quer amenizando o problema que provoca aquele sofrimento. Ser solidário não é dar esmola porque a construção de uma sociedade mais justa é responsabilidade de todos. Há quem confunda solidariedade com compaixão e com esmola, mas nem um nem outro são sinónimos de solidariedade. 
Compaixão é o sentimento benévolo que a infelicidade ou o mal alheio inspiram no outro o sentimento de partilha de sofrimento.
Por sua vez, esmola significa dar de graça, dar sem interesse de receber de volta, dar sem egoísmo, sem pedir recompensa, em atitude de compaixão, mas a prática remete-nos para uma dádiva de algo que não nos faz falta, não obstante não ser esse o espírito bíblico levado este até ao fim.
A solidariedade que, este ano será objeto de reflexão não é a solidariedade entendida como um mero sentimentalismo, mas como um valor humano firme e perseverante que faz com que as pessoas se sintam responsáveis umas pelas outras. 
As forças políticas e o governo têm de demonstrar um interesse muito maior por esta área, a do voluntariado solidário, que permite dar maior consistência à democracia, na medida em que reforça a dimensão da democracia participativa. Afinal, um dos bens maiores da democracia é o esforço coletivo para atingir o bem-estar de uma determinada comunidade, diminuindo as desigualdades e criando oportunidades para todos.
É por demais evidente que o pleno bem-estar, não se consegue à custa dos outros, mas somado com o dos outros, assim se cumprindo a democracia.
 * Advogada
 

Partilhar nas redes sociais

Comente Aqui!









PUB
Últimas Notícias
Padel: atletas aveirenses mostraram os seus dotes na Azeméis Cup 2025
18/04/2025
A "felicidade" das crianças é o que move o basquetebol na Azeméis Cup 2025
18/04/2025
As equipas de hóquei em patins estão a "jogar para formar" no Azeméis Cup 2025
18/04/2025
Celebrar a natação de competição é um dos objetivos na Azeméis Cup 2025
18/04/2025
Azeméis Cup 2025 já deu o pontapé de partida
17/04/2025
Elisabete Barnabé candidata independente apoiada pelo PSD [à Junta de Cucujães]
17/04/2025
Como são as tradições de Páscoa em diferentes países?
16/04/2025
Alguns comerciantes já notam um decréscimo nos negócios
16/04/2025