5 Dec 2024
Homem de 24 anos conheceu hoje as medidas de coação
O jovem de 24 anos, suspeito de ter ateado o incêndio em Ossela que deflagrou no dia 14 de setembro deste ano, vai ficar em prisão domiciliária. O indivíduo foi presente a juiz no Tribunal de Santa Maria da Feira na manhã de hoje, quinta-feira, e após ter saído do tribunal foi encaminhado para uma cadeia, onde vai ficar em prisão preventiva até serem criadas as condições para a aplicação da pulseira eletrónica e para a permanência em prisão domiciliária.
O principal suspeito de ter colocado fogo em mato na freguesia de Ossela, com recurso a um isqueiro, foi detido na passada terça-feira, 3 de dezembro pela Polícia Judiciária. É solteiro, natural da freguesia de Ossela e é operário fabril de profissão. De acordo com o comunicado da PJ, o indivído “não apresenta qualquer motivação para a autoria dos factos”.
O incêndio em causa teve início a 14 de setembro, tendo sido dado como dominado no final da semana seguinte, a 20 de setembro. Só no concelho de Oliveira de Azeméis consumiu mais de 6.000 hectares de floresta e de mato, habitações e outros equipamentos e edificados, acabando por convergir com os incêndios que tiveram origem em Sever do Vouga e de Albergaria-a-Velha no mesmo período. Em Oliveira de Azeméis faleceu um bombeiro, da corporação de S. Mamede de Infesta, e outros soldados da paz ficaram gravemente feridos com queimaduras no corpo.
No conjunto dos três incêndios foi consumida uma área aproximada de 36.600 hectares, entre povoamento florestal, matos, habitações, indústrias e outros edificados, bem como a perda de vidas.
Os incêndios obrigaram ao corte de autoestradas e outras vias rodoviárias, com especial ênfase nas A1 e A29, e empenharam várias centenas de operacionais, veículos e meios aéreos, sendo um dos maiores incêndios que lavraram no período relativo à declaração da situação de alerta decretada entre 15 e 17 de setembro de 2024, para todo o território continental.