“Temos de desburocratizar o Estado”

Debilidades. “Eu acho que o ponto é que nós temos vários serviços públicos, e quase de certeza que todos nós já utilizamos um serviço público e reparamos que não funciona, é burocrático, é lento e efetivamente é algo que eu vejo poucos partidos a falar, normalmente até é algo que está à direita de eficiência do Estado, tentarmos tornar o Estado mais eficiente, e eu acho que não devia ser apenas dentro desse espetro, acho que devia ser algo fundamental, acho que temos de desburocratizar o Estado.”

Gonçalo Ornelas

“Se nós pensarmos onde é que a inovação devia de atuar, especialmente na parte da administração pública, saliento aqui no fundo dois grandes pontos, o tempo do processo, nós agora temos efetivamente muitos processos muito burocráticos e isso efetivamente leva tempo e a partir do momento em que leva tempo afeta o meu segundo ponto que é a parte da qualidade. Acho que a dificuldade na inovação se centra nestes dois pontos que é ligado ao tempo, as questões da burocracia, questões da falta de informações e acho que isto contribuiu para o tempo quer para a própria qualidade.”

Rúben Alves

Digitalização do Estado. “Efetivamente se nós estamos a tentar digitalizar eu vou pressupor que vamos tentar melhorar os processos enquanto estamos a colocá-los em sistemas mais inteligentes, vamos tentar torná-lo mais eficiente, mas isso é o objetivo, se é o que realmente acontece eu espero que sim”

Gonçalo Ornelas

O que falta fazer para existir um salto na economia? “A primeira coisa que me veio à cabeça quando falas nessa questão é que uma empresa no seu dia-a-dia ocupa 70% do seu tempo a fazer o que sabe fazer. De acordo com isto o que eu penso ser fundamental é a proximidade com a academia, com isto falo de universidades porque é onde se faz boa educação, muita investigação e falo por experiência própria porque trabalhei numa universidade e sentimos muito distanciamento com a indústria.”

Rúben Alves 

Oliveira de Azeméis, o futuro das empresas. “Já o ano passado se falava que este ano e os próximos iam ser anos desafiantes, muita adaptação e efetivamente nós pensamos que um dos pontos muito importantes é olhar por dentro. Para respondermos bem às exigências que o mercado tem tido temos que estar muito otimizados internamente. Temos que nos focar em nós no sentido de nos otimizarmos. Aqui é muito importante cimentar as relações com os nossos clientes olhar para dentro, porque como disseste são tempos difíceis, custos de matéria prima a subir, vamos fazer melhor o que fazemos, fazer com menos recursos, em menos tempo e com mais qualidade.”

Rúben Alves