3 Feb 2025
Destaques Freguesias Madail Concelho
A evoluir favoravelmente, Joana Oliveira continua a necessitar de toda a ajuda da comunidade para poder seguir com a sua vida no futuro. Recordamos que está a decorrer a campanha do GoFoundMe através do link: https://www.gofundme.com/f/ajude-a-joana-bombeira-queimada-em-incendio-florestal, ou, então fazendo transferência através do IBAN: PT50 0036 0360 9910 6008 9701 9
>Joana Oliveira, bombeira ferida, em entrevista à Azeméis TV/FM
Joana Oliveira, de apenas 22 anos, é a bombeira da corporação dos Bombeiros Voluntários de Oliveira de Azeméis, que foi apanhada pelo fatídico incêndio que assolou Oliveira de Azeméis em setembro. Dos cinco bombeiros afetados, foi a que ficou em estado mais grave, com 13% do corpo queimado. Natural de Arrifana, mas a residir na freguesia de Madail, Joana veio à Azeméis TV/FM relembrar a sua história e atualizar a sua evolução de estado de saúde.
O estado atual de saúde . “Vou ter que voltar a ser novamente operada [à tíbia que fraturou no dia do incêndio]. Pelo meio tive uma bactéria, e a nível de queimaduras já está em fase de cicatrização. Está tudo a correr minimamente bem, apesar de ser um processo que demora muito tempo. Já não preciso de fazer pensos nas queimaduras. Estou a ser acompanhada na mesma por um especialista de avaliação de danos, na Casa da Saúde da Boa Vista. A nível da tíbia, estou a ser acompanhada na Trofa. Tenho tido consultas frequentemente. E o seguro já assumiu todas as despesas.”
A necessidade de continuar a ser ajudada para reerguer o seu negócio. “Nós bombeiros só somos lembrados quando somos precisos. A associação dos bombeiros continua a ajudar com tudo o que pode. Em relação à campanha do GoFundMe, tem abrandado, mas não posso deixar de agradecer a toda a gente que tem ajudado, muito ou pouco, vão sempre ajudando. [Para que serve o apoio monetário?] Eu tinha iniciado o meu negócio há menos de um ano, quando regressar vou ter de iniciar tudo do zero, por isso a campanha é um pouco para eu depois ter maneira de me orientar, e poder evoluir novamente o negócio [de esteticista].”
“Os bombeiros só são lembrados nas horas das aflições”. “Acho que as pessoas ajudaram muito, fizeram várias doações aos bombeiros, e várias doações específicas para nós. Não tenho razão de queixa e agradeço muito por isso, porque as pessoas realmente ajudaram imenso. Só que eu sinto que, tanto no nosso acidente como em tudo, os bombeiros são lembrados na hora da aflição. E depois vai caindo um bocadinho em esquecimento, apesar que as pessoas vêem-me na rua e lembram-se e perguntam se estou melhor e como as coisas têm corrido”
“Ainda não tenho previsão de quando vou voltar a trabalhar”. “Ainda não tenho previsão de quando vou voltar a trabalhar. Eu sinto que será mais para o fim do ano. Não posso afirmar porque os médicos não sabem quando é que isso vai acontecer. Eu sinto que será mais para o fim do ano e sinto que quando eu regressar vai ser mais uma batalha, mais uma luta para eu conseguir reerguer. Por isso acho que é importante esta ajuda [da comunidade]. Independentemente de eu começar a trabalhar amanhã ou daqui a meio ano, eu vou precisar de ter estabilidade financeira para erguer o negócio novamente.”
Voltar a ser bombeira. “Eu ainda não penso nisso, primeiro tenho que ficar a 100% para poder voltar ao ativo. Por isso é uma coisa que eu ainda não penso. Eu quero continuar, no entanto, apesar de todos os colegas quererem que eu volte para os incêndios, eu acho que não vou ter coragem para voltar, mas quero continuar a ajudar as pessoas, claro que sim.”
A angariação de fundos pelo Grupo de Cantares e Romarias de Travanca. “Eles organizaram tudo e depois contaram-me que a associação estava a fazer uma angariação de fundos para mim. Fiquei muito agradecida. Fui apanhada de surpresa, de facto. Agradeço a toda a gente que foi à festinha e que contribuiu de alguma maneira e agradeço à associação.”