Trabalhar Para Mudar

Um dos grandes problemas do nosso concelho é que ele foi pensado para o carro, criando quase uma obrigatoriedade aos nossos cidadãos de possuírem viatura própria para se deslocarem aos seus trabalhos. Esta é uma realidade perniciosa que não contribui para o desenvolvimento da nossa cidade e das suas freguesias. E isto por várias razões. Uma delas é a grave crise climática que atravessamos, e não é com a substituição do motor de combustão pelo motor elétrico que esse problema será resolvido. Obviamente que as pessoas têm uma necessidade de se deslocarem para garantir a sua própria sobrevivência, e aí temos que pensar numa forte rede de transportes públicos que sirva a totalidade da população. E temos que a pensar de várias formas. Em primeiro lugar, o Centro Coordenador de Transportes que serve Oliveira de Azeméis está completamente obsoleto e, pasme-se, a melhor ideia que o executivo teve foi uma espécie de sistema pick & go, naquele que será o renovado Mercado Municipal. Devemos estudar em conjunto um novo centro, outro local, com ligação direta à ferrovia.
Necessitamos de uma rede de transportes efetivamente pública que responda em três níveis. Um primeiro, atendendo à realidade da mobilidade dentro do concelho, com ligações efetivas entre as freguesias e o concelho, e as próprias freguesias entre si. Em segundo lugar, uma rede de transportes que ligue toda a comunidade intermunicipal em que Oliveira de Azeméis está inscrito e, por fim, ligações regulares ao Porto e Aveiro, por forma a garantir uma mobilidade séria a todos os cidadãos e não dependente do carro.

 * porta voz da Comissão Política do BE