Trabalhar Para Mudar

Bloco de Esquerda

Diogo Barbosa *

Agora que passou a febre da noite eleitoral e tudo está já mais assente nas ideias das pessoas e dos partidos, existem alguns fatores que não podem deixar de ser analisados. Alguns de uma perspetiva externa, outros de balanço interno. Vamos às externas primeiro.

As sondagens deveriam ser um instrumento neutro, realizadas apenas com o intuito de aferir o pensamento e a vontade dos portugueses relativamente aos momentos políticos que se vivem em Portugal. Ora, não é isso que acontece. As sondagens foram um instrumento determinante para garantir a maioria absoluta ao PS, isto porque, com a falsa ideia que foi sendo criada através das sondagens que davam um resultado em que o PSD se aproximava da vitória e que poderia haver uma ‘geringonça de direita’, gerou-se uma pressão enorme para a existência do voto útil no PS, para impedir que a direita ultra liberal e a extrema direita fizessem parte de uma solução de governo. Isto só beneficiou o PS.
De um ponto de vista interno teremos que recuar até 2015. Quando foi assinado o acordo escrito que formalizou a geringonça, o objetivo principal do Bloco de Esquerda era o de acabar com o legado deixado pela Troika e encetar uma caminho de recuperação do país que, em certa medida, se veio a verificar. Ora, os dois últimos Orçamentos do Estado apresentados pelo PS, principalmente do ponto de vista das leis laborais, não previam reverter o que ainda vinha do período de estrangulamento financeiro deixado pela Troika e pelo governo PSD/CDS de Passos Coelho e Paulo Portas. Para uma força de esquerda, progressista, atenta ao que devem ser as condições objetivas de melhoria da qualidade de vida dos portugueses era difícil aprovar um orçamento que não tinha em conta esses avanços.
Podemos enquanto força e estrutura político partidária não ter sido muito claros na forma como expressamos esse chumbo. Não foi um chumbo contra o PS de António Costa, foi um chumbo contra o legado da Troika na contratação coletiva, na liberalização e flexibilização do mercado de trabalho que só prejudica quem vive do seu esforço laboral.


 * porta voz da Concelhia do BE

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