Em
Correio de Azeméis

7 Mar 2022

Trabalhar Para Mudar

Bloco de Esquerda

Diogo Barbosa *

Continuamos a assistir à guerra na Ucrânia, provocada pela invasão de tropas russas, com o sentimento de que nenhum povo deveria ser invadido por um estado imperialista cujo objetivo não parece ser bem claro, e que está assente num regime ditatorial apoiado por uma oligarquia que empobrece o seu povo para o seu próprio crescimento. A condenação da invasão à Ucrânia por ordem de Vladimir Putin é uma exigência, bem como a solidariedade demonstrada para com o povo ucraniano e os seus refugiados.

Ora, esta condenação ao regime russo não deve vir acompanhada de uma condenação a toda a população russa, que em larga escala não concorda com o ataque realizado pelo ditador numa ânsia imperialista. Da mesma forma que sabemos ser solidários neste momento com o sofrimento por que passa o povo ucraniano, também o deveríamos ser para com o povo russo que não concorda com estas ações e que um pouco por todo o mundo tem vindo a ser ostracizado. 
Para além de isto ser chocante, choca também a falta de solidariedade para com o povo da Palestina, que desde 1948 sofre com o crescimento expansionista do estado de Israel. É chocante também que os que agora abrem, e bem, os braços às centenas de milhares de refugiados ucranianos provocados pela guerra, tenham sido os mesmos que tentaram impedir que refugiados sírios e de outras nacionalidades do Próximo Oriente viessem procurar restabelecer as suas vidas na Europa.
A solidariedade não tem cor, não tem país. A solidariedade é um instrumento fundamental entre os povos, para que quem se encontre numa melhor posição possa ajudar os que sofrem, numa busca pela paz.
Que saibamos acolher todos e todas que fogem de uma guerra provocada por um imperialismo nacionalista, bem como aqueles que andámos anos a recusar e a ver morrer no mar, sem nenhumas condições para que pudessem recomeçar noutro lugar em paz.
A nossa solidariedade deve ser para com os povos de todo o mundo, independentemente da sua origem, cor, religião ou orientação sexual. Só assim, solidários com o mundo poderemos ainda ajudar a evitar algum sofrimento.
 * porta voz da
comissão política  
Concelhia do BE

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