5 Sep 2023
Diogo Barbosa *
O que junta os seguintes nomes? Augusto Santos Silva, Marques Mendes, Paulo Portas, Santana Lopes, Catarina Martins, Durão Barroso, André Ventura, Gouveia e Melo, António Guterres, António Costa e Passos Coelho? Todas estas pessoas, por palavra própria, através de sondagens ou comentários de políticos e politólogos são putativas candidatas às eleições para a Presidência da República em 2026. Reside aqui o maior problema desta discussão. As eleições são só em 2026 e Marcelo Rebelo de Sousa está mais ou menos a meio do seu mandato, faltando-lhe ainda cerca de dois anos e meio em exercício de funções. E a parte mais problemática desta não discussão é o facto de nenhuma das pessoas em questão, e neste caso, refiro-me apenas a quem demonstrou vontade em apresentar uma candidatura, ninguém falou de política, está tudo a “jogar” no capital social que crê ter dentro da sociedade portuguesa.
Esta discussão é completamente estéril porque temos, dentro de 10 meses, eleições para o Parlamento Europeu no dia 9 de junho de 2024. Como seria natural, ainda nenhum dos partidos apresentou as suas candidaturas porque ainda não é tempo delas andarem nas ruas e nas “bocas do povo”. Contudo, este será o próximo momento determinante na vida política e concreta dos portugueses. Sendo a favor ou não da participação de Portugal no seio da União Europeia, o importante é que esta mega instituição interfere diariamente nas nossas vidas e nos grandes investimentos públicos que são realizados no país. Assim, é extremamente importante que o mundo político português comece a preparar o difícil caminho para estas eleições, pois são aquelas em que os portugueses votam menos.
A única coisa que em Portugal saiu para o espaço mediático acerca destas eleições foi a data em que estas se vão realizar, a véspera das comemorações do 10 de junho.
As pessoas, nas suas vidas, necessitam de soluções para os seus problemas, problemas que não foram elas a criar, não necessitam de discussões de “lutas de galos” para ver quem vai para o “poleiro”, ocupado por Marcelo Rebelo de Sousa, daqui a três anos.
Até lá que nada lhes doa.
* porta voz do be