Trabalhar Para Mudar

Bloco de Esquerda

Diogo Barbosa *

Nos últimos anos, tem-se registado uma preocupação crescente com as taxas de juro abusivas cobradas por algumas instituições financeiras. Embora os bancos tenham o direito de obter lucros, as práticas de exploração que conduzem a enormes lucros à custa do empobrecimento das pessoas não podem ser justificadas.
Uma das práticas mais flagrantes empregues pelos bancos é a imposição de taxas de juro exorbitantes sobre empréstimos, cartões de crédito e outros produtos financeiros. Estas taxas elevadas visam frequentemente indivíduos vulneráveis que têm acesso limitado a fontes alternativas de crédito. Para estas pessoas, contrair empréstimos ou utilizar cartões de crédito torna-se um mal necessário, uma vez que lutam para fazer face às despesas, como é comprovado pela dificuldade de cerca de 50% da população portuguesa em fazer face às despesas com habitação
.As taxas de juro abusivas criam um ciclo de endividamento que pode ser extremamente difícil de escapar. Quando as pessoas estão sobrecarregadas com empréstimos com juros elevados, uma parte significativa do seu rendimento vai para o pagamento de juros em vez de reduzir o montante principal. Este ciclo prolongado de endividamento mantém as pessoas presas num estado de insegurança financeira, tornando quase impossível poupar ou investir no seu futuro. E é isto que temos de travar com políticas que promovam a possibilidade de contratação de crédito sem os juros abutres que atualmente temos visto a aumentar a cada mês que passa.
Os lucros excessivos gerados pelos bancos através de taxas de juro abusivas, fixadas pelo BCE, são essencialmente uma transferência de riqueza dos economicamente desfavorecidos para os financeiramente abastados. Embora alguns argumentem de que os bancos precisam desses lucros para cobrir os seus custos operacionais e gerir o risco, a realidade é que esses lucros vão muitas vezes para bónus dos executivos e dividendos dos accionistas, aumentando ainda mais o fosso entre as riquezas, tornando quem é pobre cada vez mais pobre.
* Porta voz do BE

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