5 Feb 2024
Diogo Barbosa *
Está cada vez mais próximo o momento em que seremos convocados a decidir os destinos do nosso país, talvez por quatro anos. Para tomarmos as nossas escolhas devemos olhar para o que queremos, enquanto indivíduos e enquanto sociedade. Queremos um governo que proteja os patrões ou os trabalhadores? Queremos um governo que olhe para os serviços públicos como essenciais ao desenvolvimento da sua população, ou que deixe os mais ricos engordarem as suas contas enquanto os mais pobres perdem rendimentos reais a cada ano que passa?
Olhando para o nosso concelho, somos produtores de uma riqueza considerável para o país, contudo continuamos a ser pobres e a receber abaixo da média nacional. Se produzimos tanta riqueza porque é que continuamos a ser pobres? Porque é que o salário médio de uma pessoa em Oliveira de Azeméis é baixo, enquanto noutros locais do país se recebe melhor? É porque a riqueza aqui gerada não é distribuída, demonstrando assim uma velha máxima do nosso patronato, trabalho máximo e salário mínimo.
Tal como referi no início deste texto, estamos perto do momento em que a decisão está nas nossas mãos, é assim o sistema democrático. Ainda que com todas as suas falhas, como o método de distribuição do lugar de deputados que não respeita a proporcionalidade dos votos, a decisão democrática está nas nossas mãos. São o progresso ou o regresso ao conservadorismo e ao medo que estão em disputa neste momento. Creio que vale a pena fazer o esforço de ir atrás do progresso.
O caminho do progresso contra o conservadorismo e o obscurantismo desta direita reacionária, racista, islamofóbica e tantas outras coisas é votando no Bloco de Esquerda. As nossas propostas são concretas para a melhoria da nossa qualidade de vida enquanto coletivo. Travar a especulação imobiliária para que cada um de nós possa ter direito a uma habitação digna. Reforçar o SNS e os seus serviços, tornando atrativa a carreira dos médicos, como também de todas as outras carreiras que sustentam os nossos hospitais e centros de saúde.
Estas e outras razões devem fazer-nos refletir acerca do caminho que queremos.
*representante do BE