Trabalhar Para Mudar (BE)

Ao longo de todos estes anos as propostas do Bloco foram sempre no sentido de melhorar a vida de todas as pessoas de Oliveira de Azeméis, todas sem exceção. Há quem por aí semeie o ódio, dentro e fora das nossas instituições, contra o outro, criando um medo que não se justifica, mas que prende, que agarra. Entramos nesta difícil campanha com a firmeza de sempre em favor da água pública, da habitação acessível e pela justiça social, que muitos querem ameaçar. Não é com a leitura de nomes de crianças que se ensina o respeito, a empatia, a solidariedade.
Todos os dias se diz que a água é cara, que é impossível arrendar casa, que o salário não chega do mês, num concelho que tanto produz e tanto tem, mas tão pouco dá aos seus. As escolhas foram feitas, e mal feitas. Como entregar a água a uma empresa que a olha como se ouro se tratasse? Como, ao fim destes anos todos a autarquia ainda se encontra de braços cruzados, como se esta fosse uma situação normal. O tratamento de águas e saneamento que há tantos anos carece de um forte investimento, necessita de um novo e grande impulso, maior capacidade e fiscalização, para que não se sucedam continuamente situações como aquela que verificamos no rio Ul.
Os abutres da especulação imobiliária atacam Oliveira de Azeméis, como atacam todos os outros sítios do país. Portugal, e o nosso concelho não é exceção, apenas confirma a triste regra, tem das subidas dos preços das casas mais altas da Europa, e o governo, com a complacência do Chega e da Iniciativa Liberal cruza os braços e diz que é o mercado a funcionar. É o mesmo mercado que atribuiu nacionalidades ao desbarato a genocidas israelitas e que diz que temos um problema de habitação. Temos é um problema de falta de coragem para enfrentar quem nos sufoca todos os dias e vive à grande com o nosso trabalho. Não são as crianças estrangeiras, que até já fazem reabrir escolas, o problema deste país, são os que vociferam os seus nomes no Parlamento.
Estamos aqui para fazer a diferença onde nos dizem que não é possível.

Diogo Barbosa, representante do BE