Trabalhar Para Mudar (BE)

Este governo do PSD/CDS não irá descansar enquanto não vender o país. Ainda antes de termos ido novamente a eleições, as propostas de privatizações na saúde andavam a um ritmo tal que até cerca de 120 Unidades Locais de Saúde, estavam em linha para serem privatizadas. O governo de Luís Montenegro volta agora à carga com a TAP que, e bem, foi nacionalizada em 2021 durante a pandemia. Qualquer privado teria deixado cair a empresa durante esse período. Agora que volta a dar lucro, está na altura de nos libertarmos novamente da nossa companhia bandeira.
Não existem boas razões para privatizar a TAP e, em boa verdade, também não havia boas razões para se privatizar a EDP, os CTT, os cimentos ou a Galp. O que se faz com estas privatizações é tirar riqueza ao país. Todas estas empresas deveriam ser, como já foram, parte de setores estratégicos de funcionamento do Estado, como o são a RTP e a Caixa Geral de Depósitos, que PSD e CDS, outrora já ensaiaram a privatização. Perder todos esses setores empresariais é perder poder  e riqueza enquanto Estado. 
Todos estes setores e empresas aqui mencionados são importantes para a nossa soberania. Quando se trata de destruir o nosso PIB para cumprir as metas da NATO e lamber as botas a Donald Trump, logo o sentimento patriótico vem ao de cima e quem é contra não é patriótico. Quando se trata de vender as empresas que são estrategicamente importantes para a soberania e funcionamento de um Estado, já não à patriotismo e, pasme-se, quem é contra, é contra o país. 
Quem não é patriótoco é quem quer vender uma empresa extremamente importante para a economia do país. É importante do ponto de vista das contribuições para a Segurança Social, como também o é do ponto de vista das exportações, setor de que tanto dependemos.
Numa coisa estes governos de direita são peritos, em injetar o nosso dinheiro para salvar empresas, pô-las a dar lucro e depois vendê-las ao desbarato para alguém enriquecer com elas. 
Já foi assim com o Novo Banco, está a ser assim com a TAP.

Diogo Barbosa, Representante do BE