“Três meses depois, continuamos sem horários”

Na última assembleia municipal, a deputada oliveirense pelo PSD, Helga Correia, questionou o presidente da câmara sobre um dos temas que marcou esta reunião, a rede de transportes UNIR. 

A deputada do PSD apelou a uma forte intervenção por parte do executivo junto da AMP. “Aquilo que estes encarregados de educação e aluna vieram aqui trazer hoje, é uma realidade que é transversal a todo o concelho de Oliveira de Azeméis”, afirmou Helga Correia, que prosseguiu dizendo que “três meses depois, continuamos sem ter horários. Temos cidadãos oliveirenses que não sabem onde apanhar os autocarros, horários desfasados da realidade. Temos autocarros mais antigos, não há pontualidade, não cumprem o lettering”, finalizando pedindo mais esforços por parte do executivo neste assunto. 
Joaquim Jorge, em resposta à deputada referiu que “nós não precisamos de ter mão dura. Precisamos é de exigir, que quem ganhou o concurso para este lote, cumpra com o que está previsto no caderno de encargos. Isto faz-se não é com barulho. Faz-se através dos canais próprios”
O edil prosseguiu explicando que o operador, a Xerbus, “só fala connosco se nós pedirmos e ele aceitar. E é isso que temos feito”. 
Joaquim Jorge, no final da sua intervenção afirmou que “das 439 linhas, o lote que tem mais linhas em operação é o nosso. Este lote foi o lote que teve a coragem de avançar com mais linhas.”

O que disse a população
“E a escola (Fajões)? Nunca mais acabam as obras, que mais parecem obras de Mafra. Que raio de empreitada, com tubos estendidos nos recreios, baixada elétrica por finalizar. Perguntam as pessoas. Não há responsáveis?” 

Jorge Paiva

“O que poderá adiantar sobre o dito pavilhão que se pretende executar no parque 2 da JDC. No campo 2 da JDC surgiu um entendido qualquer, que de facto tinha de fazer um pavilhão de chapa e tirar os direitos que nós temos da JDC. A JF não tem estado à altura de me dar essas respostas. Pavilhão todos o queremos, mas em função da sua localização, tirando os direitos e cortando o progresso da JDC no futuro, não há ninguém que queira.” 

Alcides Queirós

“Para quando a alteração de PDM uma vez que temos necessidade e intenção de investimento, que se não acontecer a curto prazo teremos de ir para concelhos vizinhos.” 

Rui Figueiredo

“Estou aqui para manifestar a minha insatisfação pelo serviço que é prestado pela UNIR. Desde a alteração que temos tido vários problemas entre S.Martinho da Gândara e Oliveira de Azeméis. Os alunos chegam atrasados às aulas. . No regresso a situação não é melhor. Nós pais, estamos constantemente preocupados se os nossos filhos têm meio de transporte ou se temos de arranjar forma de os ir buscar. Eu preciso que me digam o que pretendem afinal dos nossos alunos. Já não basta estarem a perder tempo de aulas, agora também têm de tentar adivinhar quando é que vão ter autocarro, a que horas e em que paragem vão ter autocarro.” 

Cristina Lopes

“Tenho perdido cerca de 2h de aula semanalmente, o que me prejudica muito a mim e a muitos outros alunos. Esta situação é muito complicada até para os nossos pais que muitas vezes têm de sair do trabalho para nos ir buscar. Agradeço a ajuda de todos, pois nós somos o futuro e estamos a ser prejudicados.” 

Cristiana Silva

“Gostaria de pedir à mesa e ao executivo da câmara, que tente criar condições para que nós (engenheiros informáticos) possamos ter um espaço de working space no município, para que haja mais investimento tecnológico na cidade, para que também possamos criar condições para manter mais jovens engenheiros no município, para trazer inovação à nossa cidade.” 

António Monteiro 

Respostas do presidente

“[A Jorge Paiva] Eu ressalvaria uma coisa que é bem mais importante. Temos uma escola completamente requalificada que serve a população daquela região do nosso concelho, com todas as condições que as nossas crianças e jovens precisam para ter sucesso na sua aprendizagem. Andamos há vários meses a tentar resolver o problema da ligação definitiva da rede de gás, água e elétrica e é por isso que as obras são obras de Santa Engrácia. É isso que falta para as obras ficarem concluídas. Tenho muitas expetativas que durante o mês de março esteja resolvido. 

[A Alcides Queirós] Havia vontade por parte do executivo camarário e por parte de um investidor privado para dotar a freguesia de uma resposta que para nós é absolutamente fundamental. Pensou-se evitar o custo de aquisição de terreno, já que aquele terreno está como datado à JDC e é um terreno que é propriedade da junta de freguesia. Serviria não só a população da freguesia, mas serviria sobretudo o próprio clube. Pareceu-nos a melhor localização possível. 

[A Rui Figueiredo] Uma alteração ao PDM não significa que nós criemos as condições para que os investidores permaneçam no território. Fazemos sugestões de alteração, procuramos assegurar junto de unidades industriais, de empresas o seu crescimento. Estamos num processo de revisão. Vamos procurar que o PDM nos próximos meses tenha avanços significativos. 

[A Cristina Lopes e Cristiana Silva] Não há nada a dizer. É reconhecer que se fez o concurso público internacional, concurso idóneo, gigante, com o objetivo de promover a coesão de território e ter um sistema de mobilidade metropolitana. O nosso município, em conjunto com os restantes do lote 5, teve um azar danado. É o único lote que ainda não tem horários publicados. Nós continuamos com problemas, mas não é por falta de comunicação. Constantemente fazemos chegar as reclamações dos pais. Tem-se dito que a câmara municipal tem culpa porque não fez um planeamento. Ao fim ao cabo são os cinco municípios que compõem este lote que desgraçadamente têm culpa. Não. Os municípios não foram envolvidos no planeamento. Reportamos a rede que já existia. 

[A António Monteiro] Queremos que Oliveira de Azeméis seja um HUB de inovação. Gostaríamos muito que o Business Center fosse um primeiro passo para isso. Gostaríamos muito que este projeto ambicioso da Universidade de Aveiro, da C.M. de Oliveira de Azeméis, mas também do tecido empresarial do nosso concelho, que é a Fábrica do Futuro, fosse também uma realidade, porque teríamos aqui duas plataformas para alavancar o Azeméis Inovation Hub que é absolutamente critico para este território.”