10 Jan 2024
O troço norte tem cerca de 178km
Na última reunião de câmara do ano de 2023, antes da ordem do dia, o presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, Joaquim Jorge, destacou a certificação do troço norte dos Caminhos de Santiago, referindo que a criação de um albergue na antiga estação de Cucujães, “foi o início de uma estratégia que se fez, pensando naquilo que poderia ser a certificação deste caminho que estava a ser desenvolvida já há alguns anos”.
Para Joaquim Jorge, a certificação deste caminho, que passa por 13 municípios, sendo Oliveira de Azeméis um deles, “é muito importante, porque abre-nos um conjunto de oportunidades, não só ao nível de financiamento, mas sobretudo permite-nos ter um produto certificado que traz diversas componentes ao nível da sua promoção.”
Para além de Cucujães, Joaquim Jorge afirmou que o executivo pretende também procurar dar respostas de apoio aos peregrinos na estação de caminho de ferro de Oliveira de Azeméis, referindo que “estes viajantes são elementos fundamentais na promoção da cultura e na promoção do marketing territorial. Não queremos apenas que elas o atravessem, queremos que cá pernoitem e que eventualmente cá voltem, que conheçam bem a nossa realidade, a nossa hospitalidade e sejam veículos de promoção dessa nossa realidade”.
Relativamente ao albergue em Cucujães, o presidente da câmara municipal referiu que pretendem “inaugurar no primeiro trimestre de 2024”, estando neste momento a serem realizadas obras para “a instalação da rede de água e saneamento”, faltando depois decorar o espaço com materiais cedidos pela área museológica da CP, de forma a transmitir “aos peregrinos alguma da história do edifício e mais concretamente da linha do Vale do Vouga”.
Já relativamente à estação de Oliveira de Azeméis, de acordo com Joaquim Jorge, a ideia passa por requalificar uma casa junto à estação, que pertence à CP, bem como todo o terreno envolvente, criando “um parque de estacionamento de apoio à estação, mas também de apoio à parte poente da cidade”, acrescentando que pretendem ainda “requalificar um armazém que lá está, procurando transformar num museu da linha Vale do Vouga”, ressalvando, no entanto, que “são processos tremendamente demorosos”.