Um ano do Teatro Municipal de O. Azeméis

Debates - Politicamente Correto

Representantes dos partidos com assento na Assembleia Municipal, João Costa (PS), Pedro Marques (PSD), Constantino Tavares (CDS-PP), debateram a programação cultural do TeMA neste primeiro ano após a inauguração.

Programa ‘Politicamente Correto’ fez o balanço do primeiro ano do TeMA

Em mais um programa da Azeméis TV/FM, ‘Politicamente Correto’, debateu-se ‘Um ano do Teatro Municipal e a sua programação cultural’. 
O programa contou com a participação dos representantes dos partidos com assento na Assembleia Municipal, João Costa (PS), Pedro Marques (PSD), Constantino Tavares (CDS-PP).

“Procurem ouvir as associações”. “Procurem ouvir as associações. Muitas dessas pessoas contribuem para a nossa cultura e não está a ser conseguida uma ligação com as nossas associações. Será que o nosso concelho não teria ninguém, entre nós [oliveirenses,  com a capacidade de estar como  figura de diretor cultural, para ficar à frente da programação, para envolver muito mais [as associações], com os seus conhecimentos da nossa terra, das nossas freguesias, das nossas associações?” 
Constantino Tavares,CDS-PP

“Temos uma vereadora a vender bilhetes”. “A cultura de Oliveira de Azeméis não teve, como a inauguração do TeMA exigia, o acompanhamento técnico e humano necessário. Continuamos a ter um ou dois funcionários ligados à cultura. Nós hoje vemos uma vereadora a vender bilhetes e a abrir a porta do TeMA, porque nós não temos nenhuma estratégia para a cultura de Oliveira de Azeméis” 
Pedro Marques, PSD

Estratégia inteligente.“A estratégia que o município tem seguido é uma estratégia inteligente. Reduzir o preço da bilhética de modo a criar dinâmicas e a criar público consolidado. Porque a verdade é que os oliveirenses há muito tempo que não tinham uma casa de espetáculos a funcionar que permitisse poder ter outro tipo de artistas, artistas de renome que, pelas condições de conforto que oferecíamos no passado, nem sempre tinham disponibilidade para vir. (…) No entanto, nós não vamos poder continuar com essa estratégia ao longo dos próximos 20 anos. Mas é mesmo um caminho que nós temos de fazer e uma opção política deste executivo de modo a podermos criar públicos e que os oliveirenses saibam que todos os fins de semana vão ter atividades no TeMA a acontecer” 
João Costa, PS

Cultura nas freguesias “morreu”.  “O espaço cultural [no concelho] morreu depois que foi inaugurado o TeMA. Deixou de haver alguma coisa e nós precisamos dessa vida para chamarmos as pessoas. Que cultura é que queremos dar ao nosso concelho? Não é só ter política de casa cheia ou de plateia cheia. De vez em quando também temos que ser mais abrangentes na cultura e é essa estratégia que eu às vezes não estou a ver”
Constantino Tavares, CDS-PP

27 dias fechado em 30. “Eu não consigo entender como é que um equipamento público daquela natureza está, em 30 dias, 27 fechado. Quando se fala em estratégia e que os bilhetes estão reduzidos, mas depois a gente sabe que a câmara municipal anda a oferecer bilhetes a toda a gente porque não tem o auditório cheio. Que estratégia é que temos quando nós não falamos com as associações do concelho? Quando nenhum jovem, seja ligado à cultura, à música, às artes, foi até hoje convocado neste primeiro ano para poder trabalhar. Quando, por exemplo, nós não temos pessoal e estamos a pagar a um tal agente que está a gerir aquele espaço e que ganha mais que o presidente da câmara?” 
Pedro Marques, PSD

Roteiro pela Cultura. “Neste momento, o programador cultural [Luís Portugal] e os vereadores da cultura, Rui Luzes Cabral e a Ana Filipa Oliveira, têm estado a reunir com as associações.A perceber as necessidades das associações, freguesia à freguesia, e acho que é mesmo este o processo. Perceber quais são as dificuldades que as associações sentem, nomeadamente a promover a sua atividade”
João Costa, PS

“O mais importante é mantermos a nossa identidade”. “O mais importante é a nossa cultura, é mantermos a nossa identidade, é procurarmos segurar os nossos na nossa terra, promovê-los, levá-los mais longe. Se temos uma sala com essa capacidade e tão digna, porquê não a vemos a promover os nossos? Não é para isso que ela existiu também? Penso que podia haver mais capacidade de ligação às nossas freguesias e às associações, porque são elas as primeiras dinamizadoras da cultura” 
Constantino Tavares, CDS-PP

Dois mil euros por dia. “Para usar o miniauditório do TeMA, nós temos que pagar 750 euros. Isto faz algum sentido? Nós sabemos que hoje há associações que estão a ir para fora do nosso concelho porque não têm condições. (...) Um espetáculo de uma associação de Oliveira de Azeméis, [a associação]  tem de pagar dois mil euros por dia. Se tiver que fazer preparativos, ensaios e essas coisas todas, são quatro mil euros. Tem que pagar as especialistas de som e luz. (...) O que é certo é que as nossas associações não podem ir para o TeMA. Não conseguem ir para lá porque num espetáculo qualquer gastam seis mil euros e ainda por cima têm que dar receita da bilheteira à própria Câmara.” 
Pedro Marques, PSD

Primeira companhia de teatro profissional. “Já temos tido aqui alguns espetáculos de teatro e até a própria forma de inauguração do TeMA, com as visitas encenadas, por um oliveirense, João Amorim, encenador e produtor de Carregosa. Ele e o próprio grupo de teatro tem ido às escolas, às freguesias, proporcionado pelo Município, de modo a ver se conseguimos ter a primeira companhia de teatro profissional oliveirense. Era um sonho que eu acho que este Município precisaria e era algo que nos colocaria também todos muito felizes” 
João Costa, PS

 

Associações isentas uma vez por ano
Com base nas declarações proferidas durante o programa ‘Politicamente Correto’ pelo deputado municipal do PSD, Pedro Marques, que referiu que “um espetáculo de uma associação de Oliveira de Azeméis, [a associação] tem que pagar dois mil euros por dia. Se tiver que fazer preparativos, ensaios e essas coisas todas, são quatro mil euros”, o Correio de Azeméis foi analisar o regulamento do TeMA.
Após análise é possível verificar que, de acordo com o regulamento divulgado, de facto o aluguer da sala principal do TeMA tem o custo de dois mil euros por dia. No entanto, esse valor não é aplicado às associações do nosso concelho, como é possível verificar no artigo 39º, ponto 3: “Os estabelecimentos de ensino e as associações e instituições do concelho de Oliveira de Azeméis que promovam atividades culturais, artísticas ou educativas, ou outras atividades relevantes para o desenvolvimento socioeconómico do concelho estão isentas do pagamento de taxa de cedência 1 (uma) vez em cada ano civil, estando, porém, sujeitas ao pagamento de uma taxa mínima de utilização, no valor de 200,00 €”.

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