Um golpe contrarrevolucionário!

Opinião PCP

> Óscar Oliveira

> O 25 de Novembro


Não são de hoje as tentativas das classes dominantes, da burguesia nacional e dos seus aliados internos e externos, em reescrever a história, quer da ditadura fascista durante 48 anos, branqueando-a, quer da Revolução de Abril que lhe pôs fim, diabolizando-a.
Nestes objetivos de falsificação e deturpação da história têm investido muitos e diversos meios. Além disso, sempre contaram com o contributo das principais forças políticas que assumiram e lideraram o processo de recuperação capitalista e monopolista dos últimos anos contra Abril e as suas conquistas para o Povo Português. Procuram hoje o que não conseguiram.
Os propósitos destes “herdeiros” das ações contrarrevolucionárias assumem particular gravidade, neste tempo de comemoração do cinquentenário da Revolução de Abril, ao conseguirem que se celebre este ano em Sessão Solene na Assembleia da República o 25 de Novembro de 1975.
De facto, procurar dar ao 25 de Novembro a mesma relevância que se dá ao 25 de Abril é um processo de conceções retrógradas e reacionárias, que pretende diminuir o papel decisivo, corajoso e libertador deste acontecimento que o Povo transformou em Revolução.
A tudo isto, difundem ainda a ideia de que o PCP – partido mais consequente, que se bateu contra o fascismo e lutou pela implantação e consolidação da Democracia em Portugal, contribuindo na elaboração da Constituição da República Portuguesa – tinha um projeto de implantação de uma nova ditadura em Portugal. Obviamente que estas ideias mereceram e merecem firme combate, sendo resultantes de conceções reacionária e fascistas.
Neste longo processo de cinquenta anos de resistência e luta, o que os factos demonstram é que foi o PCP a principal vítima da violência política na altura, sobretudo dos ataques bombistas e dos inúmeros atos terroristas levados a cabo pelas forças reacionárias e contra Abril.
Não há nenhum elemento que permita desmentir que, neste período de confrontação e perigosos desenvolvimentos contra a Democracia e a Liberdade, foi o PCP que antes e depois do 25 de Novembro, com o seu papel revolucionário, procurou encontrar uma solução política para a crise que o país atravessava de evitar uma guerra civil e de manter o país no caminho aberto pela Revolução de Abril.
Ao contrário do que afirmam estas forças, a data fundadora da Democracia Portuguesa foi o 25 de Abril de 1974. Foi nesta data que o Povo Português se libertou do fascismo e da repressão, conquistou a liberdade e abriu o caminho para a descolonização e para grandes transformações políticas, económicas, sociais e culturais assentes ainda hoje na Sociedade Portuguesa.
O que as forças mais detratoras pretendiam e gostariam de ter atingido com um golpe militar contrarrevolucionário, em 25 de Novembro, seria a ilegalização do PCP, mas não conseguiram.
O que aflige os nostálgicos que pretendem contrapor o 25 de Novembro ao 25 de Abril é a profunda adesão do Povo Português aos valores conquistados com Abril e a determinação em os defender, como ficou demonstrado nas inúmeras iniciativas realizadas e que se manterão, nas comemorações dos cinquenta anos do 25 de Abril por todo o país.
É nossa convicção que o propósitos de reescrever a história serão derrotados.
Viva Abril – Fascismo nunca mais!   

Óscar Oliveira, Membro do PCP

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