18 Dec 2023
São várias as queixas dos utilizadores da nova rede de transportes
19 dias após o início da nova rede de transportes, UNIR, a rede gerida pela Área Metropolitana do Porto, continua a ser alvo de críticas. Tal como noticiado na edição anterior do Correio de Azeméis, um dos principais problemas desta rede é a falta de informação, transportes, horários e principalmente, condições, algo que não deveria acontecer, tendo em conta que, quando apresentada, a UNIR prometia “frota de autocarros renovada, mais veículos em circulação, tempos de espera mais curtos, mais horários”.
Alunos de Palmaz com solução provisória
Uma das situações problemáticas que esta nova rede de transporte está a originar, está relacionado com a falta de transportes para levar as crianças às escolas. Em declarações ao Correio de Azeméis, Ana Rio, diretora do Agrupamento de Escolas de Loureiro, referiu que “o maior problema que nós temos é na zona de Palmaz”, acrescentando que “essa zona que era servida por um autocarro, desde que começou o funcionamento da nova rede UNIR, esse autocarro deixou de aparecer, cortaram essa linha”. A diretora afirmou ainda que desde que esta nova rede de transportes entrou em funcionamento, o agrupamento, em conjunto com a junta de freguesia, tem estado em conversações com a Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis de forma a arranjar uma solução. Essa solução foi encontrada, ainda que de forma provisória, no dia 14 deste mês com a câmara a disponibilizar um autocarro. No entanto, de acordo com a Ana Rio, essa solução não é a “ideal, nem em termos de horários nem de lotação”, pois atualmente não existe “solução no horário de almoço”.
Chove dentro dos autocarros
A falta de condições dos “novos” autocarros é outro dos problemas que surgiram a partir do dia 1 de dezembro. São várias as queixas dos utilizadores, com relatos comentados na notícia online do Correio de Azeméis, de autocarros onde chove dentro dos mesmos, deixando os bancos molhados e obrigando as pessoas a ficarem de pé durante a viagem. Para além disso, a mesma utilizadora queixa-se ainda de outra situação a que assistiu, com a porta traseira do autocarro onde se encontrava a cair durante a viagem. Outro utilizador, reporta a falta de condições para pessoas com mobilidade reduzida, com os autocarros a não terem zona específica para as mesmas e ainda não terem o martelo quebra-vidros, usado em situações de emergência e obrigatório nos transportes públicos. Por último, este mesmo utilizador refere ainda uma situação a que assistiu, com o motorista do autocarro a recusar-se a conduzir, pois o vidro junto ao condutor encontrava-se partido, originando que durante várias horas alguns horários fossem suprimidos.