11 Dec 2023
Nova rede de transportes gera controvérsia
Vergonhoso! Absolutamente inaceitável! Como é possível que a Area Metropolitana do Porto (AMP) não tenha capacidade para gerir a rede de transportes. Caos! É a palavra. O prejuízo que está a ser causado aos utentes é elevado! Ainda nem horários são conhecidos à hora de fecho desta edição! A AMP prometeu mudar o serviço anterior para (muito) melhor. Não é admissível!
Os presidentes dos 17 municípios da AMP tem que dar um murro na mesa e exigir responsabilidades! Os presidentes de câmara não tem responsabilidade direta na confusão instalada, mas bem sabem que são o rosto a quem os munícipes exigem respostas. Têm assim todo o direito e todo o dever de exigir o apuramento de responsabilidades. É demasiado grave para a culpa morrer solteira! O Correio de Azeméis vai acompanhar e exercer o exigível escrutínio para que as responsabilidades sejam apuradas e tornadas públicas.
Eduardo Costa, diretor
No primeiro dia do mês de dezembro, Oliveira de Azeméis foi contemplada com algo que já era falado desde algum tempo, uma nova rede de transportes, a UNIR, sob a gestão da Área Metropolitana ao Porto (AMP).Esta nova rede prometia “frota de autocarros renovada, mais veículos em circulação, tempos de espera mais curtos, mais horários”, mas o início mostrou tudo menos isso.
Desorientação, horários suprimidos, autocarros antigos, falta de informação sobre horários e rotas nas paragens e falta de transporte, obrigando crianças a ficar em casa, por não terem como se deslocar para as escolas.
Poucos dias depois do arranque desta nova rede de transportes, e após inúmeras criticas por parte dos seus utilizadores, a UNIR publicou nas suas redes sociais que “está a acompanhar atentamente as situações que têm sido reportadas para os nossos canais de comunicação e a trabalhar com os operadores de transporte parceiros e os Municípios, no sentido de normalizar a operação nos 17 concelhos que integram a Área Metropolitana do Porto”. Seis dias depois desta publicação, os horários continuam por atualizar nos lotes 2 e 5, sendo este último o que opera em Oliveira de Azeméis.
Na notícia publicada no Correio de Azeméis online, sobre a nova rota de ligação ao Porto, é possível verificar o descontentamento da população oliveirense, com os mesmos a referir várias situações onde saíram prejudicados.
“O autocarro escolar que apanha as crianças de Loureiro até Oliveira de Azeméis, deixou muitas crianças a pé porque o senhor motorista decidiu andar adiantado. Eram 7:40 quando estava a sair de alumieira, quando devia lá estar às 7:46. De facto isto está uma vergonha!”
“As crianças de Madaíl ficaram a pé nem sequer por aqui passou. Mais de 20 chamadas para a câmara municipal de oliveira de Azeméis e não atendem.”
“Começou mal há dois dias sem transporte escolar para a minha filha”
“O meu filho hoje não teve autocarro. Teve de ir a pé para a escola e entrava às 10h”
“Ontem à noite miúdos da escola não tiveram camioneta e tiveram que vir de táxi”
Estes são alguns dos comentários que se podem encontrar na publicação, mostrando que a população pretende mudanças, chegando mesmo a pedir de volta a antiga rede de transportes.
Alunos em casa por falta de transporte
Esta desorientação inicial relativamente a horários e falta de transportes, fez com que algumas crianças da Escola Comendador Ângelo Azevedo ficassem em casa durante alguns dias por falta de transporte, ou que os pais tivessem de faltar ao trabalho para poder levar os filhos à escola.
É o caso de uma mãe de uma aluna que, em declarações ao Correio de Azeméis, referiu que “o pai faltou ao trabalho durante os dias que o autocarro não fazia a rota. De tarde, quando acabava às 14h, eu fui buscá-la a pé sabendo que de onde eu moro até à escola, são 40 minutos para cada lado”.
Para além da falta de autocarros nos primeiros dias, houve mudança relativamente aos horários. No caso desta mãe, a sua filha normalmente apanhava o autocarro nº4025 da Transdev, passando agora a ser o 1214. A nível de horários, houve algumas alterações na rota referida, com principal destaque para o horário intermédio, perto da hora de almoço e de saída dos alunos com tarde livre, e no horário ao final do dia. Enquanto que, de acordo com encarregada de educação, anteriormente o autocarro passava às 14h20 e às 17h15 na Escola Comendador Ângelo Azevedo, atualmente os alunos têm autocarro às 12h47 e às 16h59, fazendo com que os alunos com tarde livre, tenham de ficar a tarde toda na escola.