USOA promoveu debate das tradições

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Iniciativa contou os contributos de Chef de Cozinha, Lindolfo Ribeiro, e António Resende, presidente do Grupo Folclórico de Cidacos

> Animação ficou a cargo do grupo de cavaquinhos e o coro da USOA

A Universidade Sénior de Oliveira de Azeméis promoveu no passado dia 24, sexta-feira, um debate sobre as tradições que contou com a presença do Chef Lindolfo Ribeiro e António Resende, presidente do Grupo Folclórico de Cidacos, sendo o moderador, o escritor Tavares Ribeiro.

Colher os frutos do passado. “Todos temos de fazer a transposição pacífica do que era antepassado e da evolução atual, dos momentos. Mas eles são compatíveis, nós temos de olhar para o passado não como o passado em si, mas como passado que nos ensina a viver o presente e criar futuro.”
Tavares Ribeiro, Moderador


As papas de São Miguel. “Isso foi por iniciativa de uma nobre senhora daqui de Oliveira de Azeméis, Dona Isabel Maria Calejo. Eu tinha diversas conversa, com ela e com o marido, e um dia ela convidou-me, disse que precisava de falar e disse-me que queria fundar uma confraria. Nesse dia eu disse-lhe “Oh Dona Maria para mim as confrarias são comer e beber”, disse lhe o que sentia, não sabia mais nada. E ela explicou-me que era mais que isso, contou a história da tradição de Oliveira de Azeméis precisamente a relação de amizade que há entre o caseiro e o senhorio. E eles festejavam esse momento comendo as papas de São Miguel.”
Chef Lindolfo Ribeiro


Um trajeto de vida. “O senhor António da Simoldes acolheu-me, a Dona Isabel foi falar com ele e ele acolheu-me. Comecei do zero, fui subindo, casei, entre para o grupo na altura com 18 anos, tive de aprender a dançar, aprendi a tocar cavaquinho. Depois vieram as minhas filhas, fui tendo algumas formações com a Federação de Folclore Português com a Dona Isabel Maria sempre por trás e foi assim que fui crescendo,”
António Resende, Presidente do Grupo Folclórico de CidacoS

A história. “O grupo Cidacos, para quem achava que ia morrer quando a Dona Isabel fechasse os olhos, não, não morreu. Não morreu porque, pela união das pessoas, pelo o amor que as pessoas tinham, o grupo vai fazer 105 anos a 15 de Agosto. Após a primeira apresentação ao público a 15 de Agosto de 1960, no parque da La Salette atribuíram o nome atual, Grupo Folclórico de Cidacos.”
António Resende, Presidente do Grupo Folclórico de Cidacos

Tradições que se perderam. “O refugado, o estufado tem de ficar a cozer lentamente, é lento. Hoje em dia é tudo muito rápido, é no micro-ondas, e isso não é tradição. E darmos tradição a certas ervas, hoje em dia despreza-se tudo. Outra coisa que a maior parte das pessoas ignora é o sal marinho, o sal grosso. Este sal, vindo das salinas que se compra, tem outro sabor que não tem o sal refinado.”
Chef Lindolfo Resende
 

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