Vai nascer um roteiro do vidro

Na última reunião de Câmara, o presidente do município revelou que a Câmara pretende criar um roteiro histórico e industrial do vidro. O tema surgiu depois de Ricardo Tavares (PSD) questionar o ponto de situação da candidatura do vidro a património imaterial da UNESCO e quais são as perspetivas do município. Joaquim Jorge explicou que este é um processo “moroso, complicado” e que “depende de muitas coisas”, nomeadamente da existência de locais visitáveis de recriação da arte vidreira no concelho. O município encontra-se, neste momento, a criar “uma narrativa” sobre a história do vidro no concelho que envolve a Quinta do Côvo. “Estamos a trabalhar com o atual proprietário para uma solução que considero que será interessante, se concretizável. Onde se situa o berço vidreiro termos a possibilidade de tornar o local visitável e construir um roteiro onde quem nos visita possa perceber a evolução do vidro desde a Quinta do Côvo até à indústria dos moldes”, desvendou. O objetivo, explicou o edil ao Correio de Azeméis, é que a Quinta do Côvo possa ser disponibilizada para eventos relacionados com o vidro, mas também para integrar um roteiro que conte a história do vidro em Oliveira de Azeméis e que passará por outros espaços, como o Berço Vidreiro, o Centro Interpretativo do Vidro ou o Sindicato dos Vidreiros do Norte, mas também pela indústria de moldes. "O turismo industrial já está a fazer caminho há alguns anos com muito sucesso. Se queremos fazer a classificação da arte vidreira até aos dias de hoje temos que dizer onde as coisas começaram e onde terminaram ou onde continuam, na indústria dos moldes. Essa história tem de ser contada", salientou.