"Vamos para a cova e o que fica de nós são os testemunhos"

No passado dia, 18 de julho, a Biblioteca Municipal Ferreira de Castro encheu-se de oliveirenses que se deslocaram para assistir à apresentação do livro "Os Párocos de Oliveira de Azeméis e a sua influência na cultura e história local", do autor Samuel Bastos Oliveira.   

O lançamento do novo livro de Samuel Bastos, em que conta a história dos párocos do concelho de Oliveira de Azeméis - "Os Párocos de Oliveira de Azeméis e a sua Influêncoa na Cultura e História Local" - contou com a presença do Bispo Auxiliar do Porto, Roberto Mariz.  
O escritor explia que a obra traça a cronologia desde o século X (ano de 922), com a doação da Igreja de São Miguel pelo rei de Leão ao bispo de Coimbra, até aos dias atuais. Segundo o autor, o livro retrata “alguns melhoramentos, algumas obras que os párocos, em contacto com a população, foram realizando.”
Esta é uma obra que representa uma valiosa contribuição para preservar a história local, proporcionando ao povo oliveirense uma ferramenta fundamental para consultar a evolução da cidade, da igreja e da comunidade ao longo dos anos. 
Samuel Bastos, destacou ainda, a relevância em preservar a história da paróquia da terra, afirmando que construir esta obra serve para as gerações vindouras, terem acesso aquilo que foi Oliveira de Azeméis:
"Plantou-se uma árvore, pôs-se uma semente, para que outros continuem no campo da cultura (...) Nós vamos para a cova e o que fica de nós são os testemunhos nos livros e jornais.” 
Rui Luzes Cabral, vice-presidente da autarquia, expressou o seu orgulho pela obra de Samuel Bastos e assinalou a importância preservarmos a memória coletiva de um povo: “Se não tivermos memória coletiva daquilo que fomos e daquilo que somos, de nada vale andarmos por aqui". 
O Bispo Auxiliar do Porto, Roberto Mariz, elogiou a obra de Samuel Batos, que nos seus 93 anos de idade demonstrou a sua dedicação à cultura, realçando a sua “enorme lucidez”.
O pároco de Oliveira de Azeméis, José Manuel Lima, destacou a relevância da Igreja na formação de uma sociedade, afirmando que a Igreja Católica enriqueceu o mundo e deixou uma forte marca na história local. 
“A igreja enriquece o mundo, a sociedade, a nossa comunidade, as nossas paróquias, enriquece cada um de nós. É muito bonito, nesta noite, reconhecer este papel da Igreja Católica”, disse.