Visão de futuro

Há quem tente criar dificuldades para depois vender facilidades. Dizer que tudo está mal para depois, percebendo-se que não, aparecer como aquele ou aquela que avisou, é uma velha tática em que alguns insistem. É tão absurdo dizer que está tudo mal, como é tonto dizer que está tudo bem. Não valerá a pena atirar para o ar, porque o legado, seja ele qual for, impõe-se duramente. É a realidade. Um exemplo claro é a Linha do Vale do Vouga, sobre a qual se procurou criar algum ruído. 1. A ferrovia sofreu um forte desinvestimento ao longo dos anos. Atualmente, Portugal tem cerca de 2.500 km de linha em exploração, contra os mais de 3.500 km que tinha em 1974. 2. Várias linhas foram sendo sucessivamente encerradas e outras, como a Linha do Vouga, foram sofrendo uma enorme pressão para o encerramento. É preciso que tenhamos consciência que o desinvestimento nesta linha foi consequência disso. 3. Na última legislatura o governo coloca definitivamente a ferrovia nos planos de investimentos. 4. Mas à definição de planos segue-se a definição de prioridades. Não seria certo ou imediato que a Linha do Vouga fosse considerada nesses planos ou até priorizada. 5. O forte envolvimento das autarquias e da Associação de Municípios das Terra de Santa Maria foi, nestes últimos três anos, absolutamente determinante. 6. O investimento agora anunciado de 2,6 milhões de euros, previsto para 2021, é um passo de gigante para a conservação da Linha. 7. Este investimento não substitui o investimento bastante mais avultado previsto na Ferrovia 2030, mas mostra decisivamente que a Linha do Vouga é uma prioridade. Não vale a pena dizer mal de tudo. O ruído que sobre isto ouvimos não foi muito diferente sobre aquele que ouvimos, por exemplo, a propósito do posto da GNR de Cucujães ou de Cesar. E eles aí estão também. Importa é trabalhar todos os dias para transformar este concelho. Este é apenas mais um exemplo do caminho que defendemos e da determinação Bruno Aragão, Presidente da Comissão Política