Visão de futuro
Opinião
Aprovámos o último orçamento municipal deste mandato. Um orçamento é um exercício de previsão do futuro, mas diz-nos muito do passado. Falemos de ambos.
1. Dissemos muitas vezes que a injustificada dívida municipal nos iria condicionar durante anos. Este ano ficou finalmente pago o empréstimo de saneamento. Cerca de 11 milhões de euros, pagos nestes três anos. O próximo será o primeiro orçamento, em mais de uma década, sem esse garrote.
2. Dissemos também que o rigor na gestão pública, para lá da ética, seria fundamental para iniciar um ciclo de transformação do concelho, que levará, com sinceridade, vários anos. Menos rendas, menos despesas de representação, menos ajudas de custo, menos publicidade e propaganda, mais eficiência energética, menos desperdícios.
3. Estas duas condições permitem agora que o orçamento para 2021 seja o maior da nossa história democrática e o que canaliza mais recursos para investimento, cerca de 40%. Ou seja, o aumento do orçamento não é absorvido pelo custo da máquina, mas está a ser canalizado para as necessidades de investimento, para as pessoas.
4. Este investimento não é apenas um desejo. Muito dele é um facto: projetos já aprovados, obras já com vencedor em concursos públicos, investimentos já adjudicados. Ou seja, são realidades que estão efetivamente a acontecer. Foi preciso ter ideias, desenhar e aprovar projetos, encontrar e reforçar financiamentos. Um longo trabalho que nos trouxe até aqui.
5. Sem deixar de canalizar todo o apoio e recursos para o combate à pandemia. Sem deixar de baixar o IMI, o maior imposto municipal, devolvendo diretamente, só no próximo ano, mais de milhão de euros às pessoas, às empresas e às instituições.
Votamos favoravelmente. Outros votaram contra, como sempre votaram desde 2017. É legítimo. Afinal sempre tivemos visões diferentes da gestão municipal. Ainda bem que não restam dúvidas.
Bruno Aragão, Presidente da Comissão Política Concelhia do PS
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