Visão de futuro

Um concelho com perspetivas de futuro, depois das infraestruturas, tem de cuidar das dinâmicas. Estas duas coisas estão muito relacionadas, mas, como sabemos, é possível ter infraestruturas e não ter dinâmicas. O contrário já é bastante mais difícil. Dou um exemplo: podemos ter um espaço cultural e não ter qualquer dinâmica de espetáculos com qualidade e regularidade. Sem o espaço de cultura, no entanto, seguramente será mais difícil. Em muitos concelhos as infraestruturas estão resolvidas há anos. Todo o esforço que hoje fazem é construção de dinâmicas. Não é, infelizmente, o nosso caso. Com profundos atrasos nas infraestruturas, a começar pela rede de água e saneamento, temos ainda muitas carências: nos edifícios públicos, no Mercado, nas escolas, nas freguesias, nas vias estruturantes, na rede viária, nos espaços de cultura ou nos espaços verdes. E isso afeta profundamente as dinâmicas. Por tudo isto, o desafio de um concelho como o nosso é grande. Porquê? Porque temos de recuperar o atraso nas infraestruturas e, ao mesmo tempo, gerar dinâmicas. O recente concurso que o Município lançou, no valor de 250 mil euros, para incentivo ao empreendorismo, é apenas um exemplo. Não temos só de requalificar as zonas industriais, durante anos e anos desprezadas (basta pensar nas de Estarreja, Albergaria ou Santa Maria da Feira). É preciso fazer isso e, ao mesmo tempo, procurar investidores, dar incentivos, acarinhar investimentos, apoiar os jovens e mostrar-lhes que vale a pena investir aqui. Por tudo isto, investimentos que chegaram já a outros concelhos começam agora a aparecer em Oliveira de Azeméis. Públicos e privados. Basta pensar na requalificação de um mercado para o século XXI ou numa cadeia de restaurantes. Quando, de forma tonta, outros partidos, sobretudo o que nos governou 40 anos, vos disserem que agora é só obras, não acreditem! Porque, de facto, o que há é ainda muito para fazer. Bruno Aragão, Presidente da Comissão Política concelhia do PS