Visão de futuro

Desde esse ano, que ficou marcado pelos terríveis incêndios que vitimaram dezenas de pessoas, fizemos um caminho fundamental:
1.  Foi designado o coordenador municipal de proteção civil, como a lei obriga, mas que não tínhamos. É uma figura central na operacionalização das respostas.
2. Foi requalificada a Casa das Heras, no Parque de La Salete, mais um edifício moribundo, que terá agora uma utilidade inquestionável na coordenação da proteção civil.
3. Foram instalados vários pontos de água pelo concelho, sobretudo com a expansão da rede de água. É das medidas mais invisíveis, mas determinante no combate aos incêndios.
4. Reforçamos para o dobro as Equipas de Proteção Permanente, uma por cada uma das nossas corporações de bombeiros. Estas equipas são suportadas pelas câmaras municipais e pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil. Para as implementar é precisa capacidade financeira e, por isso, a gestão de rigor. Sem essa capacidade, como em muitas áreas, veríamos municípios vizinhos aproveitar oportunidades que nós, pelo esforço do Plano de Saneamento Financeiro, deixamos passar. Quantas vezes isso aconteceu?
Estes exemplos valem mais pela visão de conjunto. A capacidade municipal, de que as nossas corporações de bombeiros são o melhor exemplo, ficará bastante mais robustecida se todos fizermos a nossa parte. É isto a dimensão estrutural. A boa política raramente é um direto. 
* Presidente da Comissão Política Concelhia do Partido Socialista