Visão de futuro

É por isso que, na eleição para Secretário-Geral do Partido Socialista, apoio Pedro Nuno Santos. E não o faço por carisma, que rapidamente sucumbe à pressão dos dias. Nem pela ideia de que os líderes tenham passados imaculados, o que não existe face à complexidade dos problemas. Muito menos pela certeza que temos do futuro, que dura pouco perante realidades cada vez mais mutáveis. Não o faço sequer por ser do distrito de Aveiro, o que para esta escolha é até irrelevante.
Faço-o porque é, para Secretário-Geral ou para Primeiro-Ministro, o mais preparado e o único, dos que se apresentam a eleições, com uma visão do país, da sua economia, da sua capacidade industrial, do modelo de escola pública ou do Serviço Nacional de Saúde que defende. Porque é o único, e foi dos primeiros, a perceber a questão central da habitação, quando nesses anos de 2016 ou 2017 poucos discutiam o problema e o achavam uma coisa de esquerdistas. Porque é, dos candidatos a Secretário-Geral, e dos candidatos a Primeiro-Ministro, aquele que melhor conhece e que tem uma posição clara sobre alta velocidade, sobre mobilidade e a ferrovia, apenas para recordar a definitiva recuperação da Linha do Vouga que nos garantiu. Posições que forjou ao longo do tempo, não apenas agora que é candidato a Secretário-Geral ou a Primeiro-Ministro. 
Não concordaremos com todas as posições de um líder que escolhemos. Nem deixamos de ver as imperfeições que tornam os líderes humanos e próximos de cada um de nós. Mas temos de sentir a capacidade de mobilizar Portugal Inteiro. Porque a escolha final é mesmo essa. Portugal Inteiro.   
 
   * Presidente da Comissão Política Concelhia do PS