28 Oct 2024
> Bruno Aragão
Foi ontem inaugurada a Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) do Pinheiro da Bemposta. A quarta ETAR num concelho que tinha, em 2017, apenas duas. Oliveira de Azeméis tinha, nesse ano, 22,5% de rede de saneamento tratado. Tem agora 66%. Em sete anos dobrou. E com os investimentos anunciados para Carregosa e Pindelo, atingiremos 75%. Os números são impressionantes, mas importa compreender o impacto que têm.
1. Oliveira de Azeméis era, em 2017, um dos piores concelhos do país em redes de água e saneamento, apesar de sermos um dos 10 concelhos economicamente mais fortes.
2. Para além da falta de serviço às populações, das graves questões ambientais, muito investimento em habitação deixou de se fazer porque, sem essas infraestruturas básicas, outros territórios se tornaram muito mais competitivos. Hoje estamos a recuperar, mas a perda que sentimos durante anos teve aqui uma das razões.
3. O mesmo aconteceu com empresas, que procuraram outras localizações, obrigadas que são a cumprir metas ambientais para operar em vários mercados. Hoje, para muitas delas, é impensável instalar-se em territórios sem infraestruturas básicas.
4. A ausência destas redes gerou um desinvestimento no território que não foi compensado de nenhuma outra forma. Basta pensar que, até 2017, as juntas de freguesia sentiram cortes sérios nas suas transferências.
5. Ao mesmo tempo, o investimento na rede viária foi aguardando a construção das infraestruturas básicas. Parte dela nunca foi rede viária definitiva e outra parte sofre hoje com a construção das redes de água e saneamento.
Em 2017 assumimos esta matéria como uma das grandes prioridades. Renovamos em 2021 esse compromisso, assumindo um investimento de 10 milhões de euros até 2025. Esse compromisso está cumprido. Mas não esquecemos que há ainda freguesias como Loureiro e Palmaz praticamente sem redes. O que importa por isso é o que ainda falta fazer.
Bruno Aragão, Presidente da Comissão Política Concelhia do Partido Socialista