27 Nov 2025
Bruno Aragão, Presidente da Comissão Politica Concelhia do PS
Opinião Política
No artigo que aqui escrevi há 15 dias, fiz um resumo das tomadas de posse nos diferentes órgãos autárquicos e do início efetivo dos mandatos para os próximos quatro anos. Fui bastante rigoroso e cauteloso nas palavras, porque sabia que haveria reação. E houve. Quando há desconforto, há sempre reação. Acontece que, a bem do debate, há diálogos que podem e devem ser públicos. É bom que as coisas fiquem claras e todos se assumam.
Entendeu o líder da oposição na União de Freguesias de Oliveira de Azeméis, Santiago de Riba-Ul, Ul, Macinhata da Seixa e Madail, responder ao meu artigo. Agradeço, porque permite-me reforçar o facto.
Na resposta ao meu artigo esclarece o líder da oposição que está de coração aberto e num espírito de diálogo e cooperação com quem ganhou as eleições. Isso é bom, diria eu, de todas as partes. O que é um facto, é que na sua primeira decisão do mandato tenha optado por um caminho diferente. Ainda na mesma resposta, faz um preâmbulo sobre o funcionamento da democracia, procurando balizar a opção para a mesa da Assembleia de Freguesia. Transcrevo então, literalmente, o que sobre isso escrevi no artigo: “A AD rejeitou a proposta, optando livremente por articular com o Chega. Também aqui é legítimo, ficando clara a opção”.
Repare-se que, em nenhum momento, se questiona a legitimidade da opção, a liberdade para o fazer, a escolha democrática. Sobre isso, e a articulação, repito, legítima com Chega, não se disse nada, apesar de haver outra opção. A AD e o CH, ainda que tendo perdido as eleições, têm a legitimidade democrática e legal para fazer entendimentos. Foi isso que escrevi e é, politicamente, o que releva.
Importa, por isso, que fique claro o que aconteceu e qual foi a opção que gera um facto. Não há necessidade de desconforto, apenas obrigação de que fique tudo transparente. Haja coerência entre o discurso e a prática. Penso que ninguém discordará.