3 Jul 2025
Vitor Andrade é candidato, pelo Partido Socialista, à Junta de Freguesia de São Roque
O atual presidente da Junta de Freguesia de São Roque, recandidata-se pela segunda vez. Vítor Andrade veio até aos estúdios da Azeméis TV, hoje, dia 02 de julho, para nos falar sobre as principais fragilidades e futuras mudanças da freguesia e da sua vontade de continuar a apostar na evolução de São Roque.
PERCURSO POLÍTICO. “A vida política não era uma coisa que fizesse parte da minha ideia, há 15 anos a trás. Contudo, foi quando me envolvi pela primeira vez na associação de pais, quando a minha filha frequentava a escola que tudo despoletou. Envolvi-me no movimento associativo e por consequência comecei a lidar com os autarcas da altura. Numa primeira fase, apoiei um dos candidatos, comecei-me a envolver ainda mais e começou o bichinho, não da política em si, mas do sentido de comunidade e o dever de participar na comunidade. Fui convidado a fazer parte da associação “A Chama”, e na sequência, fui convidado pelo autarca da altura para o apoiar, e com o tempo as coisas foram evoluindo, até que entendi que podia ser útil à freguesia de São Roque.”
FRAGILIDADES DE SÃO ROQUE. “A freguesia de São Roque é uma freguesia que felizmente teve um autarca, neste caso Amaro Simões, que deixou a freguesia muito bem encaminhada. Nós achamos que a carência de habitação é uma coisa que afeta todo o concelho, no fundo, todo o país. Acho que temos em São Roque por onde expandir, e essa é uma das apostas, tentamos cativar investidores para que se construam mais habitações. Outra fragilidade, já de longa data, é a zona industrial. Apesar de termos vários focos industriais, polos com alguns apontamentos, com pavilhões onde temos indústria, o termos uma zona industrial de raiz é uma luta de há muitos anos. Ainda não a conseguimos concretizar e continuamos com esse objetivo porque se nós somos abordados por pessoas, investidores que querem apostar tanto no comércio como na indústria e não têm o local, se sentimos essa necessidade por parte da população, temos de resolver. A indústria depois traz comércio, traz serviços, traz o residir da população e a habitação. Posso dizer que a zona industrial vai continuar a ser a nossa luta diária para tentar que seja uma realidade.”
ESFORÇOS ADJACENTES. “A gente esforça-se diariamente para que as vias estejam limpas, para que as zonas de lazer estejam agradáveis e para que as pessoas se sintam bem a frequentá-las. Nós estamos aqui não só para atender a chamada com uma reclamação, com uma situação que é pertinente e é preciso resolver, mas para ir tentando cuidar, pensar e idealizar formas futuras na questão da mobilidade, não só de meios de viaturas, mas também na parte pedonal, tentar que a freguesia se torne agradável para que as pessoas sintam um gosto em residir e outras sintam a vontade de lá viver.”
PORQUÊ A RECANDIDATURA? “O porquê é simples. Abraçamos o projeto há mais de quatro anos e conseguimos, fruto do trabalho da equipa que tenho comigo, como o Pedro Rodrigues (tesoureiro) e Cláudia Silva (secretária). Quando se pôs a hipótese de nos recandidatarmos, a nossa conversa foi sendo protelada para ver e analisar situações que estavam a decorrer e se haveria mesmo o interesse de continuar. Todos nós fomos unânimes e sentimos que ainda podemos continuar a dar mais por São Roque. Não quer dizer que não faltou alguma coisa por fazer, vai faltar sempre, mas nós sentimos que aquilo que fizemos foi do agrado das pessoas, pelo menos ficámos de bem com a nossa consciência, pode haver muita coisa ainda para fazer, mas estamos cá para isso, estamos motivados para continuar.”
A PRIORIDADE DE SÃO ROQUE. “Enquanto não vir concretizada, a nossa luta vai ser sempre a nossa zona industrial. Acho que é crucial e fundamental para o desenvolvimento da nossa freguesia. A par disso, tentaremos que haja investidores que construam habitação no nosso território e, em complemento, investir nas nossas áreas de lazer. Queremos tentar ter alguns apontamentos dispersos pela freguesia, onde as pessoas se possam sentir acolhidas, para as crianças desfrutarem, para ter um lugar de lazer e tentar que as nossas vias estejam circuláveis, não só pelas viaturas, mas também para que os peões sintam segurança.”